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Catarina Martins questiona se excedentes são "para fazer número de campanha eleitoral"

26 set, 2019 - 21:16 • Lusa

Para a líder do Bloco de Esquerda, "não é justo, não é equilibrado que um país tenha excedentes orçamentais e que o seu Serviço Nacional de Saúde tenha falta de investimento".

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A coordenadora do BE, Catarina Martins, questionou esta quinta-feira se os excedentes das administrações públicas conhecidos servem para fazer um número de campanha eleitoral, considerando que o país precisa deste dinheiro para investir em áreas essenciais.

O excedente das administrações públicas fixou-se em 402 milhões de euros até agosto, uma melhoria de 982 milhões de euros face a 2018, com a receita a crescer 4,6%, informou hoje o Ministério das Finanças num comunicado que antecede a publicação da síntese de execução orçamental.

"É muito difícil explicar como é que não se faz o investimento que está previsto quando há tantas áreas do país a precisar desse investimento - saúde, transportes, educação - e depois o país tem excedentes. Mas para que queremos os excedentes? para fazer um número de campanha eleitoral?", questionou Catarina Martins.

O "país precisa é de investimento no que é essencial", ou seja, "saúde, transportes, educação", insistiu a líder do BE, uma vez que são estes setores que servem "toda a população e aquilo que toda a população espera que o país seja capaz de fornecer em qualidade e em todo o território".

"O Bloco de Esquerda já tinha chamado à atenção para o facto de não estarmos a utilizar o investimento que está disponível e que tem cabimento no Orçamento do Estado que nós aprovámos. Eu lembro, por exemplo, que entre o Orçamento do Estado e o programa de estabilidade que Mário Centeno apresentou mais tarde à Comissão Europeia, desapareceram 1500 milhões de euros de investimento", recordou.

Para Catarina Martins "não é justo, não é equilibrado que um país tenha excedentes orçamentais e que o seu Serviço Nacional de Saúde tenha falta de investimento".

"Um país com contas certas é um país que é capaz de promover a saúde, é um país que é capaz de promover a saúde, é um país que é capaz de fazer o investimento que é necessário no SNS, nos cuidados primários, para que toda a gente tenha acesso à saúde", defendeu.

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