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Milhões em protesto climático mundial. “Queremos tornar a Terra grande outra vez”

21 set, 2019 - 00:31 • Redação com Lusa

As ações desta sexta-feira deram o tiro de partida de uma semana de mobilizações e greves, designada Greve Climática Global, que vai decorrer de 23 a 27 de setembro e coincidir com a Cimeira da Ação Climática, convocada pelas Nações Unidas.

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“Tornar a Terra grande outra vez”. A adaptação do famoso slogan de Donald Trump foi um dos motes para o protesto climático desta sexta-feira. Inspirados pela jovem ativista sueca Greta Thunberg, milhões de pessoas saíram à rua um pouco por todo o mundo a exigir mudança.

As ações desta sexta-feira - em Portugal ocorreram iniciativas em 25 localidades - deram o tiro de partida de uma semana de mobilizações e greves, designada Greve Climática Global, que vai decorrer de 23 a 27 de setembro e coincidir com a Cimeira da Ação Climática, convocada pela Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Segundo a ativista sueca Greta Thunberg, a figura mediática deste movimento, a iniciativa já conta com 5.225 eventos agendados em 156 países, em todos os continentes, incluindo a Antártida.

A manifestação em Nova Iorque arrancou na Praça Foley, no sul de Manhattan, com dezenas de organizações não-governamentais, e entre os oradores previstos está Thunberg.

As autoridades nova-iorquinas autorizaram 1,1 milhões de estudantes a faltarem às aulas para poderem participar na marcha.

Asia, África, Europa, América... Os protestos decorreram ao longo do dia em todo o mundo, desde a Austrália e os pequenos estados insulares do Pacífico e países asiáticos como a Índia, o Paquistão ou o Afeganistão, aos africanos, como Quénia, Uganda, Nigéria ou África do Sul, europeus e americanos.

Com 'slogans' como "Salvar o Planeta", "Não podemos dizer que não sabíamos", "Não há Planeta B" ou "É a ciência, estúpido!", o protesto em Nova Iorque repetiu-se em outras mil localidades nos EUA.

Na América, as manifestações puseram milhares nas ruas da Argentina, do México, do Chile ou do Perú.

O dia de protestos começou na Ásia, com mais de 300 mil em 110 cidades na Austrália, a que se somaram habitantes das ilhas Salomão, Kiribati ou Vanuatu.

Mais a norte, várias cidades da Índia, Paquistão e Bangladesh tiveram largos milhares na rua com cartazes.

Relevante e simbólica a vários títulos, a manifestação com cerca de 100 jovens que decorreu na capital afegã, Cabul, rodeada por um dispositivo de segurança, era encabeçada por várias raparigas que transportavam uma faixa com o 'slogan' "Sextas-feiras pelo Futuro".

Na Europa, os manifestantes fizeram-se ouvir na Alemanha, França, Bélgica, países escandinavos, Reino Unido, Polónia ou Espanha.

Em Berlim, mais de cem mil, segundo estimativas policiais, juntaram-se frente à Porta de Brandeburgo.

Em França, os milhares que se manifestaram em Paris incluíam sindicalistas e professores. Os protestos também contaram com greves em várias empresas.

Na Bélgica foram também milhares os que acorreram ao centro de Bruxelas, convocados por uma vintena de organizações não-governamentais.

Na Escandinávia, entre as ações esteve a guarda de 11 minutos de silêncio na Universidade de Helsínquia, na Finlândia, um por cada ano que existe para poder limitar o aumento das temperaturas.

O centro da capital dinamarquesa, Copenhaga, estava a abarrotar com a afluência verificada, e na Suécia natal de Thunberg uma das ações decorreu frente ao parlamento, em Estocolmo.

Em Portugal, o programa de ação, entre vigílias, concentrações, manifestações, tribunas públicas, cinema e yoga, culmina no dia 27 com uma greve geral com a qual os promotores, maioritariamente jovens, pretendem "parar a sociedade", numa chamada de atenção para a necessidade de medidas de preservação do planeta, face às alterações climáticas.

Pelo menos dois sindicatos entregaram pré-avisos de greve para 27 de setembro, o STOP -- Sindicato de Todos os Professores e o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social, da CGTP.

Dezenas de eventos estão marcados para vários pontos do país, entre os quais um ciclo de cinema dedicado às alterações climáticas, que começa em Lisboa, no Cinema São Jorge, e prolonga-se até 27 de setembro em mais 10 cidades.

Entre 25 a 30 cidades têm iniciativas programadas para dia 27 no âmbito da mobilização global pelo clima, entre as quais se contam Viana do Castelo, Aveiro, Braga, Castro Verde, Chaves, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Guimarães, Lagos, Leiria e Ponta Delgada.

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