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Eleições na Madeira

PCTP/MRPP assume-se como "o partido dos pobres"

20 set, 2019 - 12:41 • Olímpia Mairos

Objetivo do partido é "eleger um deputado" para combater problemas que afetam a região.

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Às portas do Mercado do Lavradores, no Funchal, a cabeça de lista do PCTP/MRPP às eleições na Madeira, Fernanda Calaça, distribui panfletos e apela ao voto.

O objetivo do partido é “eleger um deputado” e “lutar e exigir que se olhe pela pobreza, pela pesca, que está uma grande desgraça, pela violência doméstica, pela mulher que trabalha e não recebe um trabalho digno”.

“Temos que falar também pelos reformados que trabalharam toda a vida e não têm nem dinheiro para comprar medicamentos. Há muita gente a receber pensões de miséria, sem dinheiro para a alimentação”, acrescentou a candidata, indicando que o partido está no terreno e fala com as pessoas.

“Nós falamos com as pessoas e sabemos que há muita pobreza daquela envergonhada, pessoas que passam fome, mas não dizem para fora os seus problemas, dizem-me a mim, e do meu pão reparto com que não tem”, declarou.

Segundo Fernanda Calaça, “existe também muito desemprego com as famílias a não conseguirem alimentar os seus filhos, nem para lhes dar educação”.

A candidata defendeu também “o não pagamento da dívida dos cinco mil milhões que a região deve”, para investir esse dinheiro “na saúde, na pobreza, na forma do desemprego, nas pescas”.

De acordo com a candidata, as quotas impostas pela União Europeia são “uma miséria” e só provocam “desgraças”, por isso, disse, o partido “vai combater junto da União Europeia as quotas para o setor”.

“Os pescadores estão numa situação de desgaste, porque os outros barcos vêm ‘rapinar’ o nosso peixe e vender aqui e não há ninguém que ponha cobro a isso. Os nossos barcos não podem ir pescar em águas internacionais, porque os barcos são apreendidos e, depois, vêm de Espanha, do Japão e da França pescar nas nossas águas”, denunciou.

Depois de abordar os problemas da Madeira, Fernanda Calaça considerou que “o voto útil é no PCTP/MRPP, porque é o voto que defende todo o povo”.

“Eu não digo que quero ser governo, mas quero ter voz para falar por estas coisas que estão mal”, concluiu a candidata.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

Nas regionais de 2015, os social-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.

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