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Relatório

Portugal tem das mais baixas taxas de mortalidade em crianças até aos cinco anos

19 set, 2019 - 10:13 • Lusa

Ainda morrem no mundo uma grávida ou um recém-nascido a cada 11 segundos, a maioria por causas evitáveis, alertam UNICEF e OMS.

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Portugal continua a ter uma das mais baixas taxas de mortalidade de crianças até aos cinco anos, com três mortes em cada mil nascimentos em 2018, contra 12 em 1990, segundo estimativas da OMS e da UNICEF divulgadas esta quinta-feira.

Os dados fazem parte das novas estimativas para a mortalidade infantil e materna do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) e indicam que a mortalidade infantil caiu em média por ano em Portugal 4,9%.

Em 1990, Portugal registava 12 mortes de crianças menores de cinco anos por cada mil nascimentos, número que caiu para três em 2018 como já se tinha verificado em 2017, o que coloca Portugal entre os países do mundo com melhores indicadores.

Contudo, há pelo menos 10 países com uma taxa de mortalidade infantil inferior à portuguesa, destacando-se a Finlândia com uma morte por cada mil nascimentos, sendo o país com melhor classificação.

Estónia, Chipre, Islândia, Japão, Luxemburgo, Montenegro, Noruega, Singapura e Eslovénia são outros países com melhores indicadores do que Portugal.

A par de Portugal surgem países como a Austrália, a Áustria, a Bélgica, Alemanha, Holanda ou Espanha.

O relatório Níveis e Tendências na Mortalidade Infantil 2019 mostra ainda que entre os países com piores indicadores estão a Serra Leoa e a República Centro Africana, respetivamente com 78 e 84 mortes de crianças menores de cinco anos por mil nascimentos.

Segundo os relatórios, desde o ano 2000, a morte de crianças recém-nascidas desceu quase para metade, enquanto a das grávidas foi reduzida em mais de um terço, devido maioritariamente a melhoras no acesso a serviços de saúde de qualidade a preços acessíveis.

As estimativas revelam que 6,2 milhões crianças menores de 15 anos morreram em 2018 e mais de 290.000 mulheres morreram devido a complicações durante a gravidez e ou durante o parto em 2017.

Do total das crianças mortas, 5,3 milhões morreram nos primeiros cinco anos de vida, sendo que quase metade destas faleceram no primeiro mês de vida.

As mulheres e os bebés estão "mais vulneráveis" durante e imediatamente após o parto, estimando-se que 2,8 milhões de grávidas e recém-nascidos tenham morrido no mundo em 2018, ou seja uma morte em cada 11 cada segundos, a maioria por causas evitáveis, referem as novas estimativas.

"Em todo o mundo, o nascimento de uma criança é motivo de celebração. No entanto, a cada 11 segundos, o nascimento de uma criança é uma tragédia familiar", comentou a diretora execiutiva da UNICEF, Henrietta Fore.

A responsável da UNICEF salientou que "um par de mãos especializado" pode fazer a diferença entre a vida e a morte, nomeadamente a ajudar as mães durante a gravidez e parto, água limpa, nutrição adequada ou vacinas básicas.

De acordo com o estudo, uma em cada 137 mulheres na África Subsaariana correm o risco de morrer, enquanto na Europa, a estatística indica uma em cada 6.500.

A África Subsaariuana e o Sudeste Asiático representam cerca de 80% das mortes de grávidas e de crianças.

Apesar de tudo, lê-se no documento, registaram-se "progressos substanciais" na redução da morte de mulheres grávidas, de recém-nascidos e de crianças até aos cinco anos.

Desde 1990, houve uma redução de 56% nas mortes de crianças menores de 15 anos, passando de 14,2 milhões para 6,2 milhões em 2018.

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