19 set, 2019 - 11:20 • Redação
O Parlamento Europeu está reunido para analisar os casos de incompatibilidade na proposta da próxima Comissão Europeia. Entre eles está o caso de Elisa Ferreira, a comissária escolhida para a Coesão e Reforma.
De acordo com as regras comunitárias, se houver qualquer dúvida os comissários escolhidos por Ursula von der Leyen, poderão ser chamados para esclarecimentos.
Nos últimos dias eurodeputados dos Verdes levantaram dúvidas sobre um eventual conflito de interesses, nomeadamente pelo facto de o marido de Elisa Ferreira ser presidente da CCDR-Norte, que vai gerir a aplicação de fundos que esta é responsável por distribuir.
Na quarta-feira a eurodeputada Marie Toussaint escreveu no Twitter sobre o caso de Elisa Ferreira, entre outras alegadas incompatibilidades de futuros comissários.
“A portuguesa Elisa Ferreira foi vice-governadora do Banco de Portugal quando um banco estatal financiou o projeto de uma empresa cujo vice-presidente era seu marido. Foi nomeada para os fundos regionais, que em Portugal estão à responsabilidade do seu marido”, terminando com um irónico “Keep cool”, ou “está tudo bem”.
O nome de Elisa Ferreira foi revelado pela presidente Ursula von der Leyen, durante a apresentação do novo executivo comunitário em Bruxelas, a 10 de setembro.
A futura comissária, a primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde a adesão de Portugal à comunidade europeia (1986), sucederá a Carlos Moedas, que foi comissário indicado pelo anterior governo PSD/CDS-PP, e que teve a seu cargo a pasta da Investigação, Ciência e Inovação e foi nomeado em novembro de 2014.
A nova comissária, de 63 anos, trabalhará de perto com o vice-presidente executivo Frans Timmermans, que supervisionará o trabalho da comissária da Coesão e Reformas, assim como dos comissários responsáveis pela Agricultura, Saúde, Transportes, Energia e Ambiente e Oceanos.