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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Começar a pé coxinho

18 set, 2019 • Opinião de Ribeiro Cristovão


A noite da Champions ficou ontem marcada por algumas surpresas.

Na jornada inaugural o atual campeão em título, o Liverpool, baqueou frente a um Nápoles extraordinariamente determinado, enquanto o Barcelona não conseguiu amealhar mais do que um ponto na sua deslocação a Dortmund, onde empatou em jogo com o Borússia, acrescentando uma terceira surpresa vinda de Londres onde o Chelsea foi derrotado por um Valência em cacos, por força da grande instabilidade que se vive na cidade mítica.

É verdade que ainda se pode incluir neste pacote a vitória gorda do Salzburgo sobre o Genk, por números que já não usam na Liga dos Campeões.

E, claro, o desafio do Benfica na sua estreia frente aos alemães do Leipzig, porque este foi o jogo que mais interessou diretamente aos adeptos portugueses.

Benfica que iniciou a sua participação com um resultado dececionante, porque defrontou uma equipa incluída no pote 4 da Liga, aquele que continha os adversários mais acessíveis.

E não se pode dizer que tenha havido injustiça no resultado final, bem pelo contrário.

Acrescente-se ainda que as opções do técnico do campeão português também não foram as que se revelaram mais corretas, ficando sem se perceber por que se mantiveram no banco, até aos 75 minutos, dois jogadores que têm sido decisivos na produção encarnada, Rafa e Seferovic.

Será que os jogadores dos clubes portugueses mais qualificados não aguentam dois jogos por semana? Com tantas alterações é possível manter a estabilidade de um grupo com ambições?

Bruno Lage não foi claro nas justificações que deu acerca de questões que se tornaram decisivas nesta estreia da Liga dos Campeões, tendo-se até revelado muito confuso nas declarações proferidas após a derrota com os alemães.

E fica, sobretudo, como a nota mais negativa as suas palavras com a referência a Rafa que, disse, esteve quinze sem trabalhar, e por isso estaria menos apto.

Então na seleção não se trabalha, caro Fernando Santos?

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