Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Notícia Renascença

​Juiz Rui Rangel pede escusa do processo “Máfia do Sangue”

17 set, 2019 - 14:58 • Marina Pimentel

Processo foi extraído do caso "Operação Marquês", que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

A+ / A-

O juiz Rui Rangel requereu esta terça-feira ao presidente do Tribunal da Relação de Lisboa que o processo relativo à chamada “Máfia do Sangue” seja remetido de novo a sorteio, para ser atribuído a um outro juiz.

No sorteio de 9 de setembro, um recurso do processo conhecido como “Máfia do Sangue” foi distribuído a Rui Rangel. Rangel pede um novo sorteio alegando estar impedido de participar neste processo, visto ter sido extraído da “Operação Marques” que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Em causa estão as declarações públicas proferidas por Rangel em 2015, criticando a investigação em torno da “Operação Marquês”. Na sequência dessas declarações, em 2017, o Supremo Tribunal de Justiça considerou que Rangel não tem imparcialidade suficiente para tomar decisões neste processo.

Na decisão a que a Renascença teve acesso, Rangel argumenta que o pedido de afastamento feito pelo Ministério Público é uma iniciativa processualmente inútil, uma vez que a decisão do Supremo Tribunal de Justiça – que considerou haver motivo sério e grave, adequado a gerar desconfiança sobre a sua imparcialidade e o proibiu assim de tomar qualquer decisão no âmbito do processo que envolve José Sócrates – abrange não só o processo principal como todos os que lhe são apensos.

O processo conhecido como a “Máfia do Sangue”, que envolve a empresa Octapharma, está relacionado com suspeitas de corrupção na obtenção do monopólio de venda de plasma ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). O antigo presidente do INEM Luis Cunha Ribeiro e o empresário da Octapharm Paulo Lalanda e Castro são os dois principais arguidos da operação "Máfia do Sangue".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+