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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Treinadores, sempre as primeiras vítimas

13 set, 2019 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Olhando apenas para a frieza dos números parece tratar-se de despedimentos “fora da caixa”.

Paços de Ferreira, Sporting Clube de Portugal e Belenenses, por esta ordem, arregaçaram as mangas e vai daí, antes que fosse demasiado tarde, despediram os treinadores que haviam iniciado a longa caminhada de 34 jornadas, sempre na expectativa de uma temporada sem sobressaltos.

As razões para tais desenlaces basearam-se, no fundo, nas mesmas razões, ou seja, os resultados não estavam a deixar indícios de que fosse possível encarar o campeonato com tranquilidade.

Olha-se para a classificação atual e o que vemos: Paços de Ferreira com apenas um ponto conquistado, um só golo marcado e oito sofridos. O currículo do Belenenses não é, por enquanto muito mais rico, com dois pontos ganhos, zero golos marcados e três sofridos.

Já quanto ao Sporting a recolha de proveitos é mais visível, pois soma sete pontos, com oito golos obtidos mas, estranhamente, seis golos consentidos em apenas três jogos.

Olhando apenas para a frieza dos números parece tratar-se de despedimentos “fora da caixa”.

Sá Pinto, cuja tarefa à frente do Sporting de Braga também não está revelar-se eivada de facilidades, foi mesmo o primeiro elemento da classe a manifestar estranheza e a discordar de três saídas que considera prematuras.

De todos os casos, aquele que suscitou maior impacto tem a ver com a saída de Marcel Keizer.

Já o dissemos, e voltamos a acentuar, o despedimento do técnico holandês tornou-se inevitável. Os maus resultados da equipa que comandava e, sobretudo, as suas más exibições, obrigaram os responsáveis a indicar-lhe a porta de saída.

Três chicotadas, ao cabo de apenas quatro jornadas, não auguram nada bom, nem uma vida estável dos treinadores em funções.

Será que teremos uma temporada mais agitada do que as anteriores? O futuro o dirá.

Aguardemos.

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