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​Festa no Douro. Primeiro grande festival inspirado no vinho

12 set, 2019 - 18:17 • Olímpia Mairos

O Wine & Music Valley é o primeiro festival de música sem cerveja. O evento musical inspirado no vinho junta o que de melhor existe na região do Douro: os vinhos, a gastronomia e a paisagem. Terá no seu primeiro dia a atuação o carismático músico britânico Bryan Ferry.

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No Porto Comercial de Cambres, em Lamego, na margem esquerda do rio Douro, ultimam-se os preparativos para o Wine & Music Valley. O primeiro festival de música português totalmente inspirado pelo vinho acontece nos dias 14 e 15 de Setembro, em plena época das vindimas, na Região Vinícola Demarcada mais antiga do mundo.

São seis hectares de terreno, equivalente a cerca de seis campos de futebol, à beira Douro e vão ser casa para aquele que se afirma como o primeiro festival de música português totalmente inspirado pelo vinho.

Além dos três palcos, dois deles dedicados à música, por onde passarão nomes como Bryan Ferry, Seu Jorge, Mariza, Salvador Sobral, António Zambujo, DJ Vibe & Rui Vargas, The Black Mamba, OMIRI, Serushiô, Xutos & Pontapés, Wet Bed Gang, Carolina Deslandes, HMB, Fogo Fogo, Bang Bang Romance, Xinobi e Anna Prior, e um terceiro dedicado à gastronomia enquanto entretenimento, com espetáculos de chefs Michelin, há uma roda gigante e uma área de glamping para quem procura uma experiência completa com direito a pernoitar e diversas ativações para animar os festivaleiros.

No Wine & Music Valley não podiam faltar as experiências vínicas. “Haverá, ainda, uma área de hospitality, com camarotes a pensar em grupos, com serviço exclusivo e personalizado, e um espaço dedicado a experiências vínicas e sensoriais, desde provas de vinhos a tratamentos de vinoterapia, ou à possibilidade de pisar uvas”.

Promovido por Manuel Osório, Pedro Ribeiro e Edgar Gouveia, o festival nasce da vontade de colocar o Douro no panorama dos grandes eventos nacionais e internacionais.

“É um evento que pretende projetar o Douro, promovendo as suas características únicas, e incentivar as empresas a investirem, de forma sustentada e regular, nesta região”, afirma Edgar Gouveia, realçando que “vão estar presentes 80 produtores de vinho na iniciativa que quer envolver toda a região”.

Manuel Osório acrescenta que o festival “é a cereja no topo do bolo, numa região que tem tudo: paisagem, vinho e gastronomia, mas em que faltava a música”.

A produção do festival está a cargo da Better World, produtora do Rock in Rio. Roberta Medina assegura que “vai ser um evento de muito sucesso num lugar belíssimo e o convite é mesmo esse: venham conhecer a região que é magnífica”.

“O evento foi criado por paixão à região e nós mergulhamos no sonho e estamos muito entusiasmados e, sem dúvida, que é um festival que chegou para ficar e, à medida que for avançando, vai conquistar um volume de turismo internacional brutal”, acrescenta Roberta.

No recinto, com capacidade para receber 15 mil pessoas por dia, está quase tudo preparado para que nada falhe no primeiro festival a nível nacional, que pretende ser uma experiência de fusão musical e gastronómica, capaz de contribuir para o desenvolvimento do enoturismo na Região Demarcada do Douro.

“Estamos no momento da maquilhagem que é arrumar os detalhes e cenografia. Estamos muito entusiasmados, a expetativa na região é gigantesca. Toda a gente já fala do evento que tem uma personalidade muito própria, desde a presença dos artistas à presença de mais de 80 quintas produtoras de vinho”, afirma Roberta Medina.

O festival conta com o apoio da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) e tem um orçamento de dois milhões de euros.

Segundo o presidente da TPNP, “este festival pode vir a tornar-se numa marca muito interessante para o Douro, capaz de ganhar um lugar no contexto europeu dos festivais de música e vinho” na medida em que irá “mostrar que a região tem conteúdos, para lá do vinho e das deslumbrantes paisagens, capazes de atrair novos públicos”.

“Os turistas gostam de festa e, por vezes, aquilo que nos falta fazer, nomeadamente noutras alturas do ano que não no verão, é a festa. E o que estamos a fazer é isso, é estar a dar argumentos para todos aqueles turistas que chegam ao Porto e Norte, através das suas portas de entrada, que é nomeadamente a área metropolitana, percebam que aqui bem perto podem usufruir de uma experiência única e durante o mês das vindimas”, explica Luís Pedro Martins.

O Wine & Music Valley é também o primeiro festival de música sem cerveja. O desafio foi lançado pelo presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, e foi aceite.

“Fazer um festival no Douro, com nome ‘wine’, na altura das vindimas, e ter cerveja, não faria sentido. Claro que isto é fácil de dizer, mas muito difícil de organizar”, explica Luís Pedro Martins.

Os bilhetes diários custam 25 euros e o passe geral fica por 40. Para a área VIP, os diários custam 60 euros e o passe geral tem o preço de 100 euros.

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