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"Vice" do Sporting pede paciência. "Se quisermos dar um passo maior do que a perna, vamos ficar pelo caminho"

10 set, 2019 - 17:16 • Redação com Lusa

Francisco Salgado Zenha faz um balanço "muitíssimo positivo" do mercado de transferências, que considera ter sido contribuição para o reequilíbrio do clube.

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Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting, faz um balanço "muitíssimo positivo" do mercado de transferências, mas pede calma: o Sporting não deve perder o equilíbrio, na corrida para igualar os rivais.

"Temos de ser pacientes. Eu oiço muitas vezes que os sportinguistas são pacientes há muito tempo, pois são. Eu também sou sportinguista, sou sócio há 26 anos, e também tenho de ser paciente e tenho de ter consciência disso. Se quisermos dar um passo maior do que a perna, vamos ficar pelo caminho e isso não queremos. O que queremos é criar os alicerces para lá chegar", referiu Salgado Zenha, esta terça-feira, em entrevista à Lusa.

Para o vice-presidente do Sporting, o despedimento de Marcel Keizer, para a entrada de Leonel Pontes como treinador interino, foi um passo nesse sentido. Salgado Zenha espera equilibrar financeiramente o clube e manter a competitividade desportiva, ambicionando o reinvestimento na Academia e o reforço da aposta na formação. O mercado de transferências também contribuiu:

"O resultado foi muitíssimo positivo. Foi o segundo maior rendimento com venda de jogadores que tivemos na história da SAD. Depois, a própria janela, se atendermos ao volume de vendas e compras, temos uma receita líquida de cerca de 62 milhões de euros", avaliou o "vice" do clube e administrador da SAD do Sporting.

Gestão de salários e a manutenção do capitão

Salgado Zanha destacou, também, a permanência de Bruno Fernandes, melhor jogador do campeonato da temporada passada.

"Do ponto de vista desportivo, conseguimos manter a 'espinha' dorsal do plantel profissional, reforçar posições que achámos fundamentais e manter o nosso melhor jogador. Se tivéssemos tido esta conversa no início do mercado, pouca gente acharia que o Bruno Fernandes ficaria, a verdade é que ficou e conseguimos manter aquele que será o ativo desportivo mais importante", afirmou.

O responsável leonino enalteceu a nova estratégia, com "ajustamentos cirúrgicos no plantel" e a saída de "jogadores considerados excedentários", além da venda de "jogadores com mais minutos, mas não ajustados às possibilidades" do clube.

Desta forma, segundo o dirigente, "os jogadores do plantel têm um salário ajustado ao mercado", facilitando uma eventual transferência, mesmo com o anunciado aumento do vencimento do capitão da equipa.

"O Bruno Fernandes terá um aumento adequado ao rendimento dele, dentro das nossas possibilidades. O caso do Bas Dost foi paradigmático, nós podemos fazer um esforço até determinado limite, depois não temos capacidade", referiu.

Instado a indicar um preço para a transferência de Bruno Fernandes, Salgado Zenha observou que o valor do capitão depende de muitas variáveis:

"Eu não vou lançar números, porque o mercado é dinâmico e eu até estaria disposto a vender o Bruno por um valor, mas, depois de o Raphinha sair, já só estou disposto por outro. É dinâmico, não vou deixar um número que pode ancorar uma negociação, que depois não faz sentido, porque tem de se analisar o momento do jogador e o momento do rendimento desportivo."

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