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Elisa Ferreira é a nova comissária da Coesão e Reformas

10 set, 2019 - 11:15 • Redação

O primeiro-ministro António Costa fala de pasta “muitíssimo importante” que vai permitir a Portugal dar um contributo importante.

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A portuguesa Elisa Ferreira é a nova comissária europeia para a Coesão e Reformas. O anúncio foi feito, esta terça-feira, pela presidente Ursula von der Leyen, durante a apresentação do novo executivo comunitário em Bruxelas.

A futura comissária, a primeira mulher portuguesa a integrar o executivo comunitário desde a adesão de Portugal à comunidade europeia (1986), sucederá a Carlos Moedas, que foi comissário indicado pelo anterior governo PSD/CDS-PP, e que teve a seu cargo a pasta da Investigação, Ciência e Inovação e foi nomeado em novembro de 2014.

A nova comissária, de 63 anos, trabalhará de perto com o vice-presidente executivo Frans Timmermans, que supervisionará o trabalho da comissária da Coesão e Reformas, assim como dos comissários responsáveis pela Agricultura, Saúde, Transportes, Energia e Ambiente e Oceanos.

O primeiro-ministro português já reagiu. António Costa fala de uma pasta “muitíssimo importante” e que está ao “nível da qualidade da nossa comissária”, correspondendo a uma área de interesse muito significativo para país.

Costa referiu que a pasta que será desempenhada pela até agora vice-governadora do Banco de Portugal "é mais alargada do que é tradicional, tendo a dimensão dos fundos estruturais (FEDER e fundo de coesão)".

“Temos todas as razões para estar satisfeitos. Esta distribuição vai permitir a Portugal dar um contributo importante não só para prosseguir a política de coesão territorial na Europa, de contribuir ativamente para a transição energética e digital, mas também para assegurar algo que tem sido um cavalo de batalha muito grande Portugal: a existência de uma capacidade orçamental própria”, descreveu aos jornalistas.

Lista tem 26 nomes

A lista de Ursula von der Leyen tem 26 nomes, propostos pelos Estados-membros. O elenco ainda terá de ser aprovado pelo Parlamento Europeu e conta, primeira vez, com um equilibrio entre homens e mulheres: 14 homens e 13 mulheres.

Os comissários designados serão sujeitos a audições no Parlamento Europeu, perante a comissão parlamentar competente, o que deverá acontecer no início de outubro, com a assembleia europeia a pronunciar-se sobre o colégio no seu conjunto numa votação prevista para 22 de outubro, em Estrasburgo.

A nova Comissão Europeia deverá entrar em funções em 1 de novembro próximo, depois do necessário aval da assembleia europeia.

O Reino Unido não designou nenhum comissário, dado ter prevista a sua saída do bloco europeu em 31 de outubro, véspera da entrada em funções da nova Comissão Europeia.

Foi ministra e estava no Banco de Portugal

Elisa Ferreira, cujo nome foi indicado pelo primeiro-ministro para comissária europeia é licenciada em Economia, vice-governadora do Banco de Portugal desde setembro de 2017, foi eurodeputada e fez parte dos dois governos de António Guterres.

Licenciada em Economia pela Universidade do Porto em 1977, Elisa Ferreira tem um mestrado e um doutoramento pela Universidade de Reading, em Inglaterra, (1981 e 1985).

Foi nomeada administradora do Banco de Portugal em junho de 2016 e, no ano seguinte, vice-governadora.

Elisa Ferreira foi ministra dos governos chefiados por António Guterres, primeiro do Ambiente, entre 1995 e 1999, e depois do Planeamento, entre 1999 e 2002.

De acordo com uma biografia disponível na página da Internet do Banco de Portugal, foi também vice-presidente executiva da Associação Industrial Portuense (1992-1994) e vice-presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (1989-1992), entidade que integrou em 1979.

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