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Brexit. Boris Johnson não vai pedir adiamento no Conselho Europeu, garante ministro das Finanças

08 set, 2019 - 10:53 • João Pedro Barros com Reuters

Reunião decorre na véspera do prazo limite definido pelo Parlamento para travar uma saída desordenada. Poderá o primeiro-ministro desafiar a lei?

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O ministro das Finanças britânico, Sajid Javid, garantiu este domingo que o primeiro-ministro Boris Johnson não vai pedir um adiamento do Brexit no Conselho Europeu agendado para 17 e 18 de outubro, na véspera do prazo (19 de outubro) definido pelo Parlamento para o fazer, caso não haja até aí acordo.

"Em primeiro lugar, o primeiro-ministro vai ao Conselho Europeu para tentar fechar um acordo. Ele não vai de certeza pedir um adiamento nessa reunião”, disse Sajid David à BBC, em entrevista.

Esta afirmação reforça a ideia de que o grande objetivo de Johnson será assegurar melhores condições para uma saída ordenada da União Europeia até 31 de outubro e surge num momento em que há especulação sobre a possibilidade do Governo se recusar a cumprir a lei aprovada no Parlamento britânico.

Uma fonte do gabinete de Boris Johnson disse este domingo ao “The Sunday Times” que, se se chegar a 18 de outubro sem acordo, o Governo vai “sabotar o adiamento”. Em caso de recusa em cumprir a lei, os parlamentares podem ser forçados a levar o governante a tribunal, ficando este em risco de ser condenado a pena de prisão.

Porém, Sajid David sublinhou que a lei tem o dia 19 como limite para que o Parlamento aprove um acordo ou uma saída desordenada e que é essa data que o Governo tem como meta.

"A lei fala do dia 19 como uma data importante e, nesse momento, vamos ponderar as nossas opções, mas a nossa opção política é clara. Não mudou, vamos sair da União a 31 de outubro. Vamos obedecer às leis porque todos os governos o devem fazer sem qualquer dúvida, mas terão de esperar para ver o que acontece”, declarou.

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