05 set, 2019 - 07:00 • Sofia Freitas Moreira com Lusa
O número oficial de mortos provocados pelo furacão subiu para 20, confirmou o primeiro-ministro das Bahamas, admitindo ainda que à medida que as operações de busca e resgate se expandem, este número pode aumentar.
Os danos começam a ser revelados na sua totalidade, agora que a tempestade se deslocou das Bahamas.
Segundo o National Hurricane Center (NHC), o furacão subiu novamente para a categoria 3, registando ventos até cerca de 185 km/h.
Os residentes na linha da costa devem estar preparados para tempestades e ventos perigosos na Geórgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte, e partes do sudeste da Virgínia e do sul da Baía de Chesapeake.
O mapa interativo disponível no site oficial do centro demonstra a previsão do rumo do furacão. Enquanto que a zona laranja mostra a localização atual do centro da tempestade, a linha preta indica a previsão do NHC para onde o centro do furacão se moverá durante as próximas horas:
Reforço policial para combater pilhagens
O Governo das Bahamas anunciou que vai enviar forças policiais e de defesa adicionais para as ilhas Ábaco e Grande Bahama, devido às pilhagens que se têm registado.
“Estão a acontecer pilhagens”, disse Hubert Minnis, em conferência de imprensa, acrescentando que as forças adicionais serão mantidas até que a lei e a ordem sejam restauradas.
Os militares contribuirão para garantir a lei e alertou que qualquer pessoa que pratique um ato de pilhagem será perseguida e sujeita à justiça, avisou Minnis.
ONU anuncia apoio às operações de socorro
As Nações Unidas indicaram, na quarta-feira à noite, que cerca de “70 mil pessoas precisam de ajuda imediata”.
Num contacto telefónico a partir de Nassau, o secretário-geral-adjunto para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, disse que a ONU tinha desbloqueado um milhão de dólares (cerca de 906 mil euros) do seu fundo de emergência para prestar os primeiros socorros aos afetados.
Antes, o secretário-geral da ONU, António Guterres, tinha referido que as Nações Unidas estavam a apoiar os esforços conduzidos pelo Governo das Bahamas e que iam integrar as equipas de avaliação enviadas para as áreas devastadas pelo furacão.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, adiantou que Guterres “permanece muito preocupado pelas dezenas de milhares de pessoas afetadas na Grande Bahama e Ábaco” e que enviou condolências às famílias dos que morreram.
Os ventos severos e as águas castanhas e lamacentas destruíram ou danificaram gravemente milhares de casas, incapacitando a atividade de hospitais e deixando muitas pessoas presas em sótãos.
As Bahamas foram atingidas no domingo pelo mais forte furacão registado na história do arquipélago, que fustigou, principalmente, as ilhas de Ábaco e Grande Bahama, com ventos até 295 quilómetros por hora e chuva torrencial, antes de seguir, na terça-feira, a sua rota em direção aos Estados Unidos.