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​Substituir a caderneta por um cartão de débito poderá custar até 18 euros

04 set, 2019 - 18:46 • Sandra Afonso

A partir do dia 14 de setembro os clientes bancários já não vão poder levantar nem movimentar dinheiro através de cadernetas, por questões de segurança.

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Substituir a caderneta por um cartão de débito poderá custar até 18 euros. A partir do dia 14 de setembro os clientes bancários já não vão poder levantar nem movimentar dinheiro através de cadernetas, por questões de segurança. A medida é imposta por Bruxelas e vai acabar por ser paga pelos clientes.

Em Portugal há três bancos que ainda usam este meio, a Caixa Geral de Depósitos, a Caixa Económica do Montepio e o Crédito Agrícola. Uma das alternativas é a adesão a cartões de débito.

Contactadas pela Renascença, as três instituições garantem isenções nas comissões, mas apenas a curto prazo.

O banco estatal oferece dois tipos de isenção, um deles vai até um ano, com adesão até ao final deste mês a um cartão de débito. Depois deste período, os 290 mil clientes que ainda utilizam caderneta passam a pagar comissão anual pelo cartão, que pode ir até 17 euros.

A Caixa Económica do Montepio garante também isenção durante um ano a estes clientes, mas passado este período ficam sujeitos ao preçário e, segundo os valores que entraram em vigor no dia 22 de agosto, os clientes podem pagar até 18 euros anualmente, a partir do primeiro ano.

O Crédito Agrícola não indica qual o período da isenção, na nota enviada diz apena que “neste momento não existem novos custos para os clientes utilizadores das cadernetas”.

Segundo o novo preçário, que entrou em vigor no dia 1 de setembro, as comissões anuais nos cartões de débito podem ir até aos 17 euros.

As cadernetas podem continuar a ser utilizadas depois do dia 14, mas apenas para consulta de saldos e movimentos.

Segundo o Banco de Portugal, está em causa a “autenticação forte dos clientes”, na movimentação de dinheiro, que não é assegurado pelas cadernetas físicas. “Os prestadores de serviços de pagamento/bancos são obrigados a fazer a autenticação forte dos seus clientes sempre que acedam online à sua conta de pagamento, iniciem uma operação de pagamento eletrónico ou realizem uma ação, através de um canal remoto, que possa envolver risco de fraude no pagamento ou outros abusos”.

Na prática, esta autenticação forte implica que os bancos peçam aos clientes dois ou mais elementos de autenticação: algo que só o utilizador conhece, como uma palavra-passe, algo que possui, como o telemóvel, ou algo inerente ao cliente e que o identifica, como a impressão digital. São elementos que geram um “código de autenticação único”.

As cadernetas, com uma banda magnética e um PIN, não oferecem segurança suficiente, por isso deixam de poder ser usadas para movimentar dinheiro em todas os Estados membros.

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  • Maria Sílvia Rodrigues de Moura
    05 set, 2019 13:41
    Acabam com as cadernetas por falta de segurança como é possível, se as mesmas só podem ser movimentadas nas máquinas próprias da Caixa? Têm barra de leitura e o código, alguém já se queixou de clonarem cadernetas? e os cartões quantas vezes lemos notícias de clonagem? Sem comentários...

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