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Furacão Dorian. Passagem pelas Bahamas pode ter danificado 13 mil casas

02 set, 2019 - 12:46 • Lusa

Cerca de 13 mil casas poderão ter saído danificadas da passagem do furacão Dorian pelas Bahamas. O balanço do número de vítimas ainda não é conhecido, mas é possível que uma morte por afogamento de uma criança de oito anos esteja associada à tempestade.

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Furacão Dorian provoca primeira morte nas Bahamas e vai a caminho dos EUA
Furacão Dorian provoca primeira morte nas Bahamas e vai a caminho dos EUA

Cerca de 13 mil casas poderão ter sido danificadas ou destruídas pela força de ventos que atingiram os 300 quilómetros por hora à passagem do furacão Dorian pelas Bahamas, indicou esta segunda-feira a Cruz Vermelha.

“Não temos ainda uma imagem completa do que aconteceu. Mas é claro que o furacão Dorian teve um impacto catastrófico”, declarou Sune Bulow, chefe do centro de operações de emergência da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR).

Bulow explicou que a organização com sede em Genebra está a responder a “necessidades de abrigo importantes”, de acordo com um comunicado citado pela agência France-Presse.

A população daquele arquipélago caribenho tem ainda necessidade de água potável, assistência sanitária e de apoio económico a curto prazo, precisa o responsável.

Um furacão de categoria 5, qualificado como “catastrófico” pelo centro nacional de furacões dos Estados Unidos (NHC), atingiu a terra no domingo em Elbow Cay, nas ilhas Abacos no noroeste das Bahamas, país composto por 700 ilhas.

De acordo com o NHC, o Dorian é o “furacão mais violento da história moderna no noroeste das Bahamas”.

O balanço das vítimas não é ainda conhecido, mas a agência Associated Press fala em casas destruídas, telhados desfeitos, carros capotados e postes de eletricidade caídos.

O furacão provocou “estragos consideráveis” nas ilhas Abacos e Grande Bahama, de acordo com as primeiras avaliações rápidas das autoridades e responsáveis da Cruz Vermelha no terreno.

No domingo, a força máxima do vento atingiu os 297 km/h, com rajadas de até 354 km/h, tornando-se o furacão atlântico mais potente a atingir terra.

Hoje, a velocidade máxima dos ventos baixou ligeiramente para 265 km/h e o furacão dirige-se agora para a Florida e costa dos Estados Unidos.

De acordo com a Cruz Vermelha norte-americana, 19 milhões de pessoas vivem nas zonas que poderão ser afetadas pela intempérie e um número estimado de até 5 mil pessoas na Florida, Geórgia e Carolina do Sul poderão vir a precisar de abrigo de urgência em função do impacto dos ventos e chuvas.

Os governadores da Geórgia e da Carolina do Sul já ordenaram a evacuação de toda a costa daqueles dois estados norte-americanos e os Estados Unidos emitiram alerta para a costa este.

Entretanto, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários já revelou ter destacado pessoal para Nassau, nas Bahamas, para dar apoio na resposta ao impacto do Dorian.

O meteorologista e colunista Eric Holthaus afirmou, igualmente no Twitter, que o Dorian é o furacão que mais rapidamente passou da categoria 4 ao nível máximo na escala desde que há registos.

O Dorian chegou a terra no domingo no norte das Bahamas como um furacão de categoria 5, pelas 12:40 locais (17:40 em Lisboa), arrancando telhados, virando automóveis e derrubando postes de eletricidade, segundo o relato publicado pela agência de notícias Associated Press.

“É devastador. Houve um enorme prejuízo nas propriedades e infraestruturas. Felizmente, não temos registo de mortes”, afirmou a diretora-geral do Ministério do Turismo e Aviação daquele país, Joy Jibrilu.

A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas não tem informação de cidadãos portugueses atingidos.

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