Tempo
|
A+ / A-

Ordem dos Advogados

​Advogados oficiosos há 15 anos com a mesma remuneração. “É escandaloso”

27 ago, 2019 - 14:31 • Liliana Monteiro , Cristina Nascimento

Bastonário da Ordem dos Advogados lamenta que o “Estado pague milhões a advogados e escritórios de advogados externos aos seus próprios serviços para tratar das questões do Estado e paga miseravelmente aos advogados que tratam dos problemas das pessoas”.

A+ / A-

O bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo, denuncia o que considera ser uma situação escandalosa.

De acordo com o bastonário, há 15 anos que o Estado não atualiza a tabela dos honorários dos advogados que fazem apoio judiciário.

“O judiciário é escandaloso neste momento porque temos 15 anos sem atualização. Não há nenhuma profissão que não tenha uma atualização, pelo menos, de dois em dois anos. Isso significa que o Estado o que faz é prestar apoio judiciário aos mais carenciados através de um pagamento não digno”, refere o Guilherme Figueiredo.

Nestas declarações à Renascença, Guilherme Figueiredo lamenta que o “Estado pague milhões a advogados e escritórios de advogados externos aos seus próprios serviços para tratar das questões do Estado e paga miseravelmente aos advogados que tratam dos problemas das pessoas”.

Na edição desta terça-feira do “Jornal de Notícias”, o jornal avança que o Estado poupou 13 milhões de euros no apoio judiciário. O mesmo jornal adianta ainda que, de acordo com os dados da Segurança Social nos últimos cinco anos diminuíram os pedidos de ajuda para aceder à justiça.

Guilherme Figueiredo considera que esta realidade está relacionada com o facto de os processos nos tribunais estarem a diminuir em algumas áreas e de muita gente continuar sem possibilidades de aceder à justiça e escolher um advogado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Vitor Prata
    27 ago, 2019 18:10
    É verdade. Apesar dos muitos assessores jurídicos funcionarios do Estado, este gasta milhões em pareceres juridicos pedidos a escritórios de advogados de ... amigos. De qualquer forma, quanto da indignação do BOA não se deve à aproximação de eleições na Ordem?!

Destaques V+