Tempo
|
A+ / A-

Epidemia de opiáceos. Johnson & Johnson condenada a pagar multa milionária nos Estados Unidos

26 ago, 2019 - 23:04 • Redação, com agências

Empresa condenada a indemnização de 515 milhões de euros por publicitar analgésicos de forma enganosa, provocando danos à saúde da população.

A+ / A-

A multinacional Johnson & Johnson foi esta segunda-feira condenada a pagar uma indemnização de 515 milhões de euros por ajudar fomentar uma epidemia de opiáceos no estado norte-americano do Oklahoma.

A Johnson & Johnson, que vai recorrer da sentença, foi condenada por publicitar analgésicos de forma enganosa, provocando danos à saúde da população, deliberou o juiz Thad Balkman, do Condado de Cleveland.

“A crise de opióides é um perigo iminente e uma ameaça para os habitantes do Oklahoma”, declarou o juiz Thad Balkman durante a leitura da sentença.

O caso foi levado a tribunal pelo procurador-geral do Oklahoma, Mike Hunter. É o primeiro de milhares de processos contra fabricantes e distribuidores de opiáceos nos Estados Unidos.

O Ministério Público daquele estado norte-americano reclamava uma indemnização de 15,2 mil milhões de euros devido às práticas da Johnson & Johnson que inundou o mercado com analgésicos e alimentou uma epidemia de opiáceos e dependência.

As ações da Johnson & Johnson não se ressentiram e até subiram 5% após a divulgação da sentença. Os títulos de outros laboratórios, como a Teva Pharmaceutical Industries e a Endo International, também estiveram em alta durante várias horas.

A dependência de opiáceos é um grave problema de saúde pública nos Estados Unidos. Entre 1999 e 2017, cerca de 400 mil pessoas morreram por overdose, segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

Desde o ano 2000, cerca de seis mil habitantes do estado do Oklahoma morreram devido a overdoses por opióides.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+