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Amazónia

"Calhorda oportunista", "sem caráter" e "cretino": ministro de Bolsonaro ofende Macron

25 ago, 2019 - 23:24 • Redação com Lusa

Presidente francês manifestou na quinta-feira preocupação com os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia.

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, na linha da frente nas pressões sobre o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, na luta contra os incêndios na Amazónia, foi insultado domingo através do Twitter no Brasil, inclusive por um ministro.

“Macron não está à altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista, buscando apoio do lóbi agrícola francês”, escreveu no Twitter o ministro da Educação brasileiro, Abraham Weintraub, numa referência à oposição do Presidente francês ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e Mercosul [Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai].

“A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS [braço armado do partido Nazi]”, prosseguiu. O ministro brasileiro acrescentou ainda que os franceses “elegeram um governante sem caráter”, apelidando Macron de "cretino".

Olavo de Carvalho, escritor e "guru" de Jair Bolsonaro, exilado nos Estados Unidos, forjou uma conta no Twitter com o nome de “Macrocon”.

Já anteriormente, Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, que é deputado e que poderá ser o futuro embaixador do Brasil em Washington, tinha reencaminhado um tweet com o título: “Recado para o @EmmanuelMacron”, onde se vê um vídeo dos confrontos com os coletes amarelos em França, com o texto “Macron é um idiota”.

Emmanuel Macron manifestou na quinta-feira preocupação com os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia, a maior floresta tropical do planeta, evocando uma “crise internacional” e pedindo aos países industrializados do G7 “para falarem desta emergência” na cimeira deste fim de semana em Biarritz, no sudoeste de França.

O acordo de livre comércio entre a UE e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi fechado a 28 de junho, depois de 20 anos de negociações. O pacto abrange um universo de 740 milhões de consumidores, que representam um quarto da riqueza mundial. A Irlanda ameaçou também votar contra o acordo comercial se o Brasil não tomar medidas para proteger a floresta amazónica.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, com cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.

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