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Marisa Matias

Bloco contra-ataca. “Parece que vale tudo para tentar maiorias absolutas”

24 ago, 2019 - 13:24 • Rui Barros

Marisa Matias reage à entrevista de Costa, em que este diz que o Bloco é um partido de "mass media". "Enquanto precisou de parceiros para ser governonunca fez caricaturas de mau gosto", diz.

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A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, reagiu este sábado à entrevista de António Costa, em que o líder socialista diz que ““um Bloco de Esquerda forte” e um “PS fraco” seria sinónimo de ingovernabilidade acusando-o de fazer tudo “para tentar maiorias absolutas”.

Através da rede social Twitter, a eurodeputada diz que o primeiro-ministro, nos quatro anos em que “precisou de parceiros para ser governo” nunca fez caricaturas de mau gosto mas, que agora, parece fazer tudo “para tentar maiorias absolutas”.

Também Catarina Martins já reagiu à entrevista de Costa. Em declarações ao "Eco", Catarina Martins diz que o desejo de uma maioria absoluta pode levar à arrogância e à tentação de fazer caricaturas.

As bloquistas reagem assim à entrevista de António Costa ao semanário “Expresso” em que este usa o exemplo espanhol do PSOE e do Podemos para dizer que uma alteração de equilíbrios de poderes à esquerda, nomeadamente com um Bloco mais forte do que o PS, seria sinónimo de ingovernabilidade.

“Acho que é fundamental um reforço claro do PS. Acho que é preciso evitar uma situação ‘à espanhola’, onde temos um Partido Socialista fraco que conduz a uma solução de ingovernabilidade. Temos que ter um partido socialista forte que garanta a estabilidade [em Portugal]. Temos todos de olhar para Espanha para perceber os riscos do que significa um PS fraco e um Podemos forte”, disse Costa ao Expresso.

Fazendo uma comparação entre PCP e Bloco de Esquerda, Costa socorre-se de uma comparação que atribui a um amigo para dizer: “o PCP é um verdadeiro partido de massas, o Bloco é um partido de ‘mass media’. E isto torna os estilos de atuação muito diferentes.

Comentários
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  • Cidadao
    24 ago, 2019 Lisboa 14:58
    Precisamente por isso, o BE deve seguir o seu próprio caminho, sem pensar muito em Geringonça 2.0, pois é mais que evidente que o PS olha para o PAN e para o PCP como parceiros privilegiados, e já não tanto para o BE, que cresceu e é um risco. Façam a vossa campanha de maneira independente, e tentem crescer ao numero mínimo de deputados para invocar o Tribunal Constitucional. Pode vir a ser preciso, caso o PS atinja (lagarto, lagarto, lagarto!) a Maioria Absoluta ou baste o PAN, e o PCP para tal.

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