20 ago, 2019 - 17:50 • Rui Barros , Daniela Espírito Santo , com agências
A polícia brasileira abateu um homem que, armado e munido com gasolina, fez 31 reféns num autocarro na ponte Rio-Niterói. O incidente ocorreu por volta das 6h00, hora local, prolongando-se por mais de três horas.
Segundo Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar, nenhum dos passageiros ficou ferido, estando apenas alguns a receber assistência psicológica.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse, em conferência de imprensa, que o sequestrador tinha um isqueiro na mão e poderia estar a preparar-se para deitar fogo ao autocarro.
“No teto do autocarro estavam penduradas garrafas com gasolina e o criminoso estava com um isqueiro na mão. No momento em que foi abatido tinha um isqueiro. Estava pronto a incendiar aquele veículo”, disse Wilson Witzel, em conferência de imprensa.
O suspeito “queria parar o estado” e durante as negociações com a polícia “demonstrou uma perturbação mental”, adianta o governador.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, deu os parabéns à polícia pela “ação bem-sucedida” no Rio de Janeiro.
“Criminoso neutralizado e nenhum refém ferido. Hoje não chora a família de um inocente”, escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.
A polícia tomou a decisão de matar o sequestrador assim que se apercebeu que a arma era "de brincar".
De acordo com a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o sequestrador desceu do autocarro e foi baleado por um atirador das forças especiais.
Por volta das 9h00 locais ouviram-se vários disparos junto ao autocarro. As imagens televisivas mostravam um dos polícias a fazer um sinal positivo com a mão para a população presente, que por sua vez retribuiu com um forte aplauso.
Durante o incidente, o sequestrador libertou seis reféns de entre as 37 pessoas que viajavam no veículo.
No local esteve o Batalhão de Operações Especiais(BOPE) que assumiu as negociações com o sequestrador.
O trânsito esteve cortado nos dois sentidos, neste que é um dos principais acessos à cidade do Rio de Janeiro. Segundo "O Globo", o sequestro provocou um congestionamento de 81 quilómetros.
[notícia atualizada às 17h51]