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5.650 pessoas pedem ação do Governo contra Museu de Salazar

19 ago, 2019 - 11:44 • Lusa

O texto “Museu de Salazar, não!” apoia uma carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, em 12 de agosto, na qual 204 ex-presos políticos exigiam ação ao executivo do PS, além de expressar “o mais veemente repúdio” pela iniciativa anunciada pelo presidente da Câmara de Santa Comba Dão.

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5.650 pessoas já assinaram uma petição pública pela intervenção do Governo para impedir a instalação de um museu sobre a antiga ditadura do Estado Novo e seu líder, Salazar, em Santa Comba Dão.

O documento digital foi colocado na Internet há dois dias e tem como subscritores nomes com o do antigo líder sindical Carvalho da Silva, do analista político Pedro Adão e Silva, da escritora Maria Teresa Horta, do antigo reitor da Universidade de Lisboa José Barata Moura ou do cantor de intervenção Francisco Fanhais, entre outros.

O texto “Museu de Salazar, não!” apoia uma carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, em 12 de agosto, na qual 204 ex-presos políticos exigiam ação ao executivo do PS, além de expressar “o mais veemente repúdio” pela iniciativa anunciada pelo autarca local.

Segundo a petição, o projeto de Santa Comba Dão, “longe de visar esclarecer a população e sobretudo as jovens gerações”, seria “um instrumento ao serviço do branqueamento do regime fascista (1926 - 1974) e um centro de romagem para os saudosistas do regime derrubado com o 25 de Abril”.

Comentários
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  • Carlos Costa
    23 ago, 2019 10:35
    Infelizmente é uma grande nódoa no nosso pais, mas a verdade, é que faz parte da história de Portugal, portanto, acho muito bem que haja esse museu...infelizmente!!
  • Pedro Silveira Godinho
    21 ago, 2019 Lisboa 09:25
    Os auto-proclamados "antifascistas" (em Portugal todos os que não são de direita) a tentarem impedir a criação de um museu alusivo a um período importantíssimo do século XX português. A esquerda é assim, quando não concorda ou não lhe dá jeito, proíbe. Mas fascista do que isto é difícil hoje em dia. Que se crie o museu, sem branqueamentos.
  • Atento
    20 ago, 2019 13:54
    A "esquerdalha" com tanto medo que se saiba mesmo a verdade ... os verdadeiros "democratas" donos do pensamento único ... o habitual ...
  • Eduardo Santos
    19 ago, 2019 19:45
    Até onde vão os interesses e "cegueira política" das gentes de esquerda, não merecem a democracia que temos se a utilizam para hostilizar os outros, é sempre lamentável. Isso por um lado, mas pelo outro querem impedir o "relatar" da história que muita gente viveu, boa ou má, isso é má fé. Trata-se de cultura histórica e não politice de chinelo, há que distinguir o óbvio.
  • José Fernandes Serôdio
    19 ago, 2019 14:59
    Quem toma estas iniciativas, tem uma visão distorcida da história de Portugal. De facto, eliminar o que é menos positivo em qualquer história (seja país, instituição ou pessoa), é faltar à verdade, é distorcer a realidade, é dividir o país, desintegrá-lo. O país como qualquer pessoa é o que é fruto da sua história integral e não dividida. Integrar acontecimentos menos positivos na própria história, tomando-a como um todo de crescimento, é sinal de MATURIDADE....

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