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Greve dos motoristas

Dados demonstram "crescente normalidade da situação", diz Governo

17 ago, 2019 - 19:46 • Lusa

​Requisição civil foi cumprida e serviços mínimos "superados", com Leça de Palmeira, Sines e Aveiras a superar 100% das cargas previstas.

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A requisição civil relativa à greve dos motoristas de matérias perigosas foi este sábado cumprida e os serviços mínimos "superados", com o último balanço a demonstrar "uma crescente normalidade da situação", avança o Ministério do Ambiente e Transição Energética.

"Ao longo do dia de hoje, sábado, 17 de agosto, a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos superados", indica em comunicado o ministério liderado por João Pedro Matos Fernandes.

A Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) apresentava às 17h00 de hoje "os 'stocks' mais elevados desde o início da greve e, em conjunto com o aumento do número de cargas, demonstram uma crescente normalidade da situação", avança a mesma fonte.

A REPA exclusiva apresentava níveis de preenchimento de 'stocks' de 60,75% no gasóleo e de 93,45% na gasolina.

Por sua vez, a REPA não exclusiva apresentava 62,26% de gasóleo e 45,50% de gasolina.

A título de exemplo, o ministério indica que das 101 cargas previstas em Leça de Palmeira, foram realizadas 127 (126%).

Já em Sines, das 33 cargas previstas foram cumpridas 40 (121%) e, em Aveiras, das 102 cargas previstas realizaram-se 146 (121%).

"Note-se que estes valores excedem largamente os previstos nos serviços mínimos, o que traduz o facto de serem muitos os trabalhadores que não se encontram em greve", sublinha o ministério liderado por João Pedro Matos Fernandes.

Por sua vez, continua a mesma fonte, os serviços de abastecimento nos aeroportos "foram os previstos" e as Forças de Segurança e as Forças Armadas "só foram pontualmente solicitadas para conduzir as viaturas de transporte carburante".

Os motoristas de matérias perigosas cumprem este sábado o sexto dia de uma greve convocada por tempo indeterminado, depois de ter falhado um acordo numa reunião com o Governo que durou cerca de 10 horas.

A falta de acordo foi comunicada pelo porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e, posteriormente, confirmada pela Antram e pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

A paralisação foi inicialmente convocada pelo SNMMP e pelo SIMM, mas este último sindicato desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a Antram sob mediação do Governo.

No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado.

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