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Alemanha tem um plano para a recessão, diz o “Der Spiegel”

16 ago, 2019 - 17:55 • Redação com agências

País poderá contrair dívida e aumentar investimento para evitar recessão. Ministério das Finanças não comentou a notícia.

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O plano do Governo alemão para contrariar uma eventual recessão passa por aumentar o investimento e contrair mais dívida, indo assim ao encontro do que várias instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), a União Europeia e os próprios Estados Unidos têm pedido nos últimos anos.

A notícia está na revista “Der Spiegel” desta sexta-feira, que o Ministério das Finanças do país não quis comentar. Os receios de uma recessão na maior economia da Europa aumentaram depois de os números do segundo trimestre de 2019 terem mostrado uma contração de 0,1%. Um país entra em recessão após dois trimestres consecutivos de queda do PIB.

O arrefecimento do ambiente económico global, conflitos relacionadas com as taxas alfandegárias e o “Brexit” têm sido fatores de perturbação para a economia germânica.

A Alemanha tem seguido uma política de equilíbrio orçamental desde 2014, uma regra imposta pelo ministro das Finanças conservador Wolfgang Schaeuble e que tem sido mantida pelo sucessor social-democrata Olaf Scholz.

A primeira-ministra Angela Merkel disse na terça-feira que não via necessidade de um pacote de estímulos fiscais para animar a economia e acrescentou que o Governo estava empenhado em manter um elevado nível de investimento público.

O excedente orçamental da Alemanha chegou a 58 mil milhões de euros em 2018, o valor mais alto desde a reunificação do país. No entanto, as exportações têm estado em queda (ela foi de 8% em junho, em termos homólogos) e a produção industrial também caído.

A dívida pública alemã deverá ser de apenas 51% do PIB em 2023, continuando assim a sua trajetória descendente.

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