08 ago, 2019 - 14:06 • Sandra Afonso
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Quem tem ou já teve gatos sabe que nos derretem só com o olhar, sem falar dos movimentos desengonçados, brincadeiras e até asneiras. Os seus amigos próximos não só já sabem que existe, como já ouviram histórias e, com toda a certeza, foram confrontados com fotos no telemóvel ou mesmo vídeo.
O dono de um gato é como o adepto daquele clube que não sai do segundo lugar, mas que acredita até às entranhas que é desta que a sua equipa vai ganhar. Este dono acredita mesmo que vai ensinar uma mão cheia de truques ao amigo de “quatro patas” que tem em casa e que, por sinal, é o mais esperto que já conheceu. Não vai rebolar, mas quase.
Não é por acaso que os gatos são conhecidos pela sua independência. No passado só conheceram a liberdade. Estão habituados e preparados para caçar, todo o corpo está desenhado como uma arma que os torna autossuficientes. Têm ainda um sentido de orientação apurado, o que lhes permite afastarem-se por grandes distâncias e conseguirem regressar a casa.
Por tudo isto, é sobretudo o dono que acaba por se adaptar às vontades e caprichos do novo membro da família, a esmagadora maioria das vezes sem o perceber. As rotinas da casa mudam e tudo passa a girar em torno daquela bola de pelo, de forma automática e sem tumultos. É como deve ser. Todos estão felizes.
Como é que isto aconteceu?, perguntam aqueles donos que nunca se imaginaram a partilhar fotos de gatinhos nas redes sociais. O problema é que a maioria dos gatos tem uma personalidade discreta, não demonstrando de forma óbvia a dor ou o desconforto, e este animal domesticado tem várias necessidades que precisa de ver satisfeitas.
Assim, o dono tem de ser uma espécie de detetive e, mais cedo ou mais tarde, acaba por perceber que não basta limpar a areia e dar comida e água. Há toda uma lista de condições para garantir que tem um gato feliz numa casa feliz: