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​Motoristas: AEP apreensiva com consequências da greve na economia portuguesa

07 ago, 2019 - 23:01 • Lusa

Associação Empresarial de Portugal alerta que a paralisação por tempo indeterminado pode "colocar em causa a competitividade do tecido empresarial".

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A Associação Empresarial de Portugal (AEP) mostra-se apreensiva com as consequências que a greve dos motoristas de mercadorias, que se inicia segunda-feira por tempo indeterminado, terá na economia portuguesa.

"A AEP teme que o resultado desta greve - prevista para o dia 12 de agosto até tempo indeterminado - seja ainda mais grave do que o sentido em abril deste ano, já que, além dos combustíveis, vai afetar o abastecimento à indústria, comércio e serviços", referiu, em comunicado.

Para além da influência direta na atividade das empresas, a associação lembrou que as greves "também são um elemento de fragilidade da imagem que Portugal projeta para o exterior, podendo colocar em causa a competitividade do tecido empresarial", tendo em conta que o tempo de entrega e a capacidade de resposta são fatores essenciais nos negócios.

A AEP entende que, numa altura em que Portugal se encontra num processo de internacionalização crescente, esta greve pode pôr em causa um dos principais pilares do crescimento económico sustentável, materializado, em parte, no aumento das exportações de bens e serviços.

"As empresas portuguesas já suportam elevados custos de contexto, pelo que a AEP pede para que esta situação não venha a ser mais um sério entrave à sua atividade diária", sublinhou.

A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa na segunda-feira, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.

O Governo decretou hoje serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve, anunciou o ministro do Trabalho, Vieira da Silva.

Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA - Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários.

O Governo decretou ainda serviços mínimos de 100% para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.

Para abastecimento de combustíveis destinados a abastecimento dos transportes públicos foram decretados serviços mínimos de 75%.

Já nos postos de abastecimento para clientes finais, os serviços mínimos são de 50%.

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