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Desemprego cai para 6,3% no 2.º trimestre

07 ago, 2019 - 11:39 • Redação com Lusa

A taxa de desemprego no segundo trimestre do ano recuou para 6,3%, menos 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 0,4 pontos percentuais em termos homólogos.

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A taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano recuou para 6,3%, menos 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 0,4 pontos percentuais em termos homólogos, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Em comunicado enviado às redações, o Ministério do Trabalho garantiu entretanto que esta é a taxa de desemprego mais baixa registada em Portugal desde 2003.

"A taxa de desemprego baixou de 12,2% no último trimestre de 2015 para 6,3% no 2.º trimestre de 2019, com o número de desempregados a recuar para os 328,5 mil, o patamar mais baixo em quase 17 anos e que traduz uma redução de 305,4 mil pessoas em situação de desemprego face ao final de 2015", lê-se no comunicado. "Os indicadores do mercado de trabalho hoje divulgados pelo INE apontam para uma trajetória robusta de crescimento do emprego e de melhoria da sua qualidade ao longo da presente legislatura."

De acordo com o INE, a população desempregada, estimada em 328,5 mil pessoas, diminuiu 7,1% (25,1 mil) em comparação com o trimestre anterior e recuou 6,6% (23,3 mil) em relação ao segundo trimestre de 2018.

Na população empregada, 4.916,7 mil pessoas, foi observado um acréscimo trimestral de 0,7% (36,5 mil) e um acréscimo homólogo de 0,9% (42,6 mil).

A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 18,1%, tendo aumentado 0,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e diminuído 1,3 pontos percentuais face ao trimestre homólogo.

A proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi 53,1%, mais 6,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior e mais 0,8 pontos percentuais do que no homólogo.

A subutilização do trabalho - que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego – abrangeu 676,5 mil pessoas e a taxa correspondente foi de 12,4%.

A subutilização do trabalho diminuiu 8,3% (61,3 mil) em relação ao trimestre anterior e 5,9% (42,2 mil) em relação ao trimestre homólogo.

“A diminuição trimestral da população desempregada e da subutilização do trabalho no segundo trimestre de 2019 está em consonância com a trajetória descendente observada desde o primeiro trimestre de 2013 e que acumulou até ao momento uma diminuição de 64,6% e de 54,0%, respetivamente (abrangendo 598,3 mil e 793,1 mil pessoas)”, refere o INE.

Segundo acrescenta, “estas reduções refletiram-se igualmente nas taxas correspondentes, passando a taxa de desemprego de 17,5% para 6,3% e a taxa de subutilização do trabalho de 26,4% para 12,4%”.

Em relação aos jovens não empregados que não estão nem a estudar nem em formação, no segundo trimestre de 2019, do total de 2.204,2 mil jovens (dos 15 aos 34 anos), 8,7% (190,9 mil) estavam nesta situação.

Relativamente ao trimestre anterior, a taxa de jovens não empregados que não estavam em educação ou formação diminuiu 1,3 pontos percentuais (29,4 mil), tendo este decréscimo resultado da redução das mulheres (32,0 mil; 2,9 pontos percentuais), que mais do que compensou o ligeiro acréscimo nos homens (2,6 mil; 0,3 pontos percentuais).

A diminuição da taxa foi igualmente acompanhada por decréscimos em todos os grupos etários, sobretudo no dos 25 aos 34 anos (21,6 mil; 1,9 pontos percentuais).

Relativamente ao segundo trimestre de 2018, a taxa de jovens não empregados que não estavam em educação ou formação diminuiu 0,2 pontos percentuais (6,3 mil), sendo mais pronunciado nas mulheres (4,6 mil; 0,4 pontos percentuais) que nos homens (1,7 mil; 0,1 pontos percentuais). Este decréscimo ocorreu apenas nos grupos etários dos 15 aos 19 anos e dos 25 aos 34 anos, acrescenta.

Segundo o INE, no segundo trimestre de 2019 a taxa de desemprego foi superior à média nacional em cinco regiões do país: Região Autónoma dos Açores (8,2%), Área Metropolitana de Lisboa (7,1%), Alentejo (6,9%), Região Autónoma da Madeira (6,9%) e Algarve (6,7%).

A taxa de desemprego no Norte e na região Centro (6,2% e 4,7%, respetivamente) ficaram abaixo daquele valor.

Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou no Alentejo (0,6 pontos percentuais) e diminuiu nas restantes regiões, tendo os maiores decréscimos acontecido no Algarve (2,7 pontos percentuais) e na Área Metropolitana de Lisboa (0,7 pontos percentuais).

Em relação ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego aumentou no Algarve (1,4 pontos percentuais), manteve-se inalterada no Alentejo e na Região Autónoma dos Açores e diminuiu nas restantes regiões.

Os dois maiores decréscimos homólogos verificaram-se na Região Autónoma da Madeira (1,4 pontos percentuais) e no Norte (1,0 pontos percentuais).

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