Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Orar, fazer pão e brincar. Centenas de escuteiros da Guarda em acampamento

02 ago, 2019 - 13:05 • Liliana Carona

Grupo de 400 escuteiros da diocese está reunido em Ratoeira, Celorico da Beira, sob o lema "TransformAr".

A+ / A-

Uma capela de campo, um forno comunitário e uma praia fluvial são alguns dos ingredientes que compõem o XXI ACAREG, do Corpo Nacional de Escutas (Acampamento Regional), que decorre de três em três anos e que junta todos os agrupamentos de escuteiros da diocese da Guarda.

Este ano, 400 elementos estão reunidos em Ratoeira, no concelho de Celorico da Beira, sob o lema “TransformAr”, centrado nas questões ecológicas. O acampamento termina este sábado.

A 5 km de Celorico, junto à Estrada Nacional 16, a freguesia da Ratoeira acolhe, durante cinco dias e quatro noites 400 escuteiros acampados. O que mais se vê é melancia nas mãos dos lobitos (escuteiros dos 5 aos 10 anos).

“Comam melancia”, grita Sandra Bento, de 43 anos, que nasceu e cresceu com os escuteiros e que teme o calor. Hoje é professora de físico-química e não abdica destas “férias”.

A chefe regional da diocese da Guarda, do CNE, é escuteira desde os cinco anos e mantém sempre o olhar vigilante sob o acampamento. A hora das refeições está organizada.

“Fornecemos as refeições para os pequeninos e aos mais velhos damos os mantimentos para eles cozinharem”, explica, enquanto mostra uma espécie de mercearia improvisada. “Hoje é massada de peixe, está a ver aqui os cestos já têm todos os ingredientes para eles cozinharem.”

Apesar de os mais novos não cozinharem, também eles foram desafiados a meter as mãos na massa. Fizeram pão com chouriço e a receita ficou na cabeça de Duarte Silva, 6 anos, e de Beatriz Sá, 9 anos. “Colocámos a farinha, água quente, fermento, a massa ficou a crescer e depois amassámos”, explicam à Renascença.

Mas nem só de pão vivem os escuteiros. “Já trabalhámos a história de S. Pedro, S. Tiago, São Francisco de Assis, e vamos trabalhar S. Jorge. Rezamos sempre antes das refeições, de manhã e à noite. Há animação de fé na capela de campo com testemunhos de padres”, explica a chefe regional, salientando: “Vamos ter, por exemplo, o testemunho de um padre invisual, o Padre Tiago.”

De 30 de julho a 3 de agosto, 15 agrupamentos da diocese da Guarda, entre lobitos, exploradores, pioneiros, caminheiros e dirigentes, estão juntos na Ratoeira sob o lema “transformar”.

A praia fluvial da Ratoeira transforma-se assim num grande acampamento com escuteiros de toda a diocese da Guarda, que abrange a maior parte dos concelhos do distrito (Guarda, Sabugal, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Trancoso, Celorico da Beira, Gouveia, Seia, Manteigas e algumas freguesias de Vila Nova de Foz Côa e Fornos de Algodres), bem como alguns concelhos do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã, Fundão e Penamacor e algumas freguesias de Castelo Branco) e uma freguesia de Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra).

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+