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​Prestação da casa ao banco volta a descer em agosto

31 jul, 2019 - 21:03 • Lusa

Poupança pode ultrapassar os sete euros no caso de um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%.

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A prestação paga ao banco pelos clientes com crédito à habitação indexados a Euribor a três e a seis meses vai descer em agosto, e de forma mais significativa do que em anteriores revisões, segundo da Deco/Dinheiro&Direitos.

De acordo com a simulação efetuada, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%, paga a partir de agosto 458,92 euros, o que significa menos 7,45 euros face à última revisão da prestação, em fevereiro.

Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passará a pagar 457,72 euros, neste caso 3,68 euros menos do que o pago em maio.

As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.

As taxas de juro continuam em terreno negativo e mesmo a acentuar. Em julho, a média da taxa Euribor a seis meses foi de -0,347%, um novo mínimo histórico, e a média da taxa a três meses de -0,365%.

As taxas de juro Euribor têm estado a acentuar o valor negativo depois da indicação do Banco Central Europeu (BCE) de que as taxas diretoras se vão manter nos níveis atuais e podem mesmo baixar, o que beneficia os clientes com contratos de crédito com indexante variável (como a Euribor).

Já os bancos têm estado a antecipar um impacto negativo nos seus negócios.

Esta semana, em que os principais bancos a operar em Portugal estão a apresentar resultados, o prolongamento das baixas taxas de juro dominou as conferências de imprensa, com os presidentes da Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta e BPI a anteciparem pressões sobre as receitas da margem financeira (diferença entre os juros que bancos cobram no crédito e juros que oferecem nos depósitos).

O presidente do BPI, Pablo Forero, admitiu mesmo que os bancos poderão ter de ajustar os seus objetivos de negócio, nomeadamente na rentabilidade, face a este contexto.

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