Tempo
|
A+ / A-

Kits antifogo polémicos

Ministério Público abre inquérito à compra de golas inflamáveis

30 jul, 2019 - 17:43 • Redação

Informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República dias após ter sido revelado que as golas incluídas em kits anti-incêndios são feitas de material inflamável – e que custaram mais do dobro do preço de mercado.

A+ / A-

O Ministério Público instaurou esta terça-feira um inquérito à compra das golas antifumo inflamáveis distribuídas no âmbito dos programas "Aldeias Seguras" e "Pessoas Seguras".

Num curto comunicado enviado às redações esta tarde, a Procuradoria-Geral da República informa que a investigação está a decorrer no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP.

A abertura do inquérito acontece cinco dias depois de ter sido revelado que 70 mil golas antifumo inflamáveis, com um custo de 125 mil euros, mais do dobro do seu valor de mercado, foram distribuídas por 1.909 povoações ao abrigo dos dois programas de prevenção e combate aos incêndios.

Os kits antifogo em questão foram produzidos pela Foxtrot, uma empresa criada meses antes da distribuição dos kits pelo marido de uma autarca eleita pelo Partido Socialista (PS).

Ao início desta tarde, e sob pressão para renunciar ao cargo de secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves garantiu que não se demite. Em causa para além da polémica com os kits antifogo estão contratos celebrados entre o seu filho e o Estado depois de Artur Neves ter assumido funções governativas.

Na segunda-feira, um adjunto do secretário de Estado da Proteção Civil, o técnico Francisco Ferreira, demitiu-se na sequência do caso das golas inflamáveis, assumindo ter sido ele a indicar as empresas a que o Estado recorreu para encomendar os equipamentos dos kits.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • lv
    31 jul, 2019 lisboa 17:16
    Os Gajos daquela seita MP, abrem muita coisa, até já abriram uma coisa qualquer sobre o Pavilhão Atlântico!!!!!!

Destaques V+