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Marcelo diz que sem união torna-se "impossível" enfrentar os fogos

26 jul, 2019 - 21:50 • Lusa

Sem comentar polémicas, Presidente da República defende necessidade de as instituições estarem unidas e colaborarem para ser possível enfrentar os fogos florestais.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou esta sexta-feira, na Sertã, que caso não haja união entre todas as instituições, será impossível enfrentar problemas como os incêndios.

Numa visita aos concelhos afetados pelo incêndio que deflagrou no sábado, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a necessidade de as instituições estarem unidas e colaborarem para ser possível enfrentar os fogos florestais.

"Todos juntos é muito difícil enfrentar questões como esta. Se não houver essa conjugação de esforços que felizmente tem havido genericamente por todo o país, então não é muito difícil, é impossível", afirmou o Presidente da República, que respondia a uma pergunta dos jornalistas sobre as acusações trocadas entre o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e o presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela.

Recordando uma conversa que teve com um jovem presidente da junta da região que lhe disse que nestas situações "não há partidos", Marcelo Rebelo de Sousa salientou que, numa questão como esta, "o que interessa é o interesse das populações, do povo, da comunidade".

O chefe de Estado realçou que as populações e instituições "aprenderam com 2017" e "vão continuar a aprender", porém, este "é um processo contínuo e um processo complexo".

"Penso que na sociedade portuguesa estamos de acordo com uma realidade fundamental: tudo o que se fizer para apostar no interior ou nos interiores - são vários e a várias velocidades - é essencial para alterar um panorama que, se não for alterado, poderá ter consequências no futuro que não serão felizmente aquelas que ocorreram no passado, mas que serão sempre negativas", notou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas num dos últimos pontos da sua visita, a aldeia da Cumeada, na Sertã, distrito de Castelo Branco.

Durante a tarde de hoje, Marcelo Rebelo de Sousa visitou várias localidades dos concelhos da Sertã e de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, e do concelho de Mação, no distrito de Santarém, afetadas pelos incêndios que deflagraram no sábado.

O Presidente da República começou em Cardigos, no concelho de Mação, naquela que foi a paragem mais demorada, de cerca de 20 minutos, onde fez questão de cumprimentar todos os bombeiros presentes no quartel local, bem como alguns populares.

O chefe de Estado ouviu queixas de falta de bombeiros na localidade de Roda, passou de forma breve em Sarzeda e Amêndoa e regressou a Cardigos para visitar a praia local, antes de partir para Vila de Rei, onde também fez uma pequena paragem na praia fluvial do Bostelim.

Neste concelho, Marcelo Rebelo de Sousa parou também em Vale da Urra, para falar com os familiares do único ferido grave do incêndio, antes de seguir para o Centro Geodésico de Portugal, onde, com a ajuda de uns binóculos, pôde perceber melhor a evolução do incêndio entre sábado e terça-feira, dia em que foi dado como dominado.

Seguiu-se a Cumeada, já na Sertã, onde foi recebido por dezenas de populares que se preparam para a festa local.

Aos jornalistas, o Presidente da República deixou ainda um convite aos portugueses para visitarem as mesmas praias fluviais a que foi.

"Neste mês em que se vai entrar quem queira vir deve vir e deve percorrer o território, conhecer as pessoas e contribuir para a dinamização económica desta área", referiu.

Vários incêndios deflagraram no distrito de Castelo Branco ao início da tarde de sábado. Dois com origem na Sertã e um em Vila de Rei assumiram maiores dimensões, tendo este último alastrado, ainda no sábado, ao concelho de Mação, distrito de Santarém.

Estima-se que tenham ardido quase nove mil hectares de floresta.

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