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​Bastonária dos enfermeiros nega irregularidades e acusa Governo de perseguição

26 jul, 2019 - 23:38 • Vítor Mesquita , com redação

Em declarações à Renascença, Ana Rita Cavaco admite que já esperava a conclusão de sindicância, que detetou ilegalidades que pode ditar a queda dos órgãos da Ordem dos Enfermeiros. por ser uma voz incómoda para o Governo.

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A bastonária da Ordem dos Enfermeiros nega irregularidades, aponta o dedo ao Governo e fala em tentativa de "assassinato de caráter". Ana Rita Cavaco reage assim às conclusões da sindicância que encontrou ilegalidades que podem ditar a queda dos órgãos sociais.

Em declarações à Renascença, Ana Rita Cavaco admite que já esperava esta conclusão da sindicância por ser uma voz incómoda para o Governo.

“Nós na verdade sempre estivemos à espera. Desde que o sr. primeiro-ministro falou no seu incómodo pelo facto de eu ter apoiado a greve dos enfermeiros – que vou continuar a apoiar – eu disse que o objetivo da sindicância era a perda do mandato dos órgãos da Ordem dos Enfermeiros”, afirma Ana Rita Cavaco.

A líder dos enfermeiros sublinha que para os órgãos sociais da Ordem serem caírem “é preciso uma decisão do tribunal para o fazer, porque o Ministério da Saúde não tem competência para isso”.

Nestas declarações à Renascença, Ana Rita Cavaco diz que está a ser alvo de uma tentativa de assassinato de caráter.

“Simultaneamente tentam assassinar-nos o caráter, sobretudo a mim, com uma história que tem três anos e meio. Desde que chegámos à Ordem dos Enfermeiros estamos a levar com suspeitas infundadas relativamente a despesas, quando estamos a falar de despesas que estão todas devidamente suportadas, não há aqui nenhuma despesa que não esteja enquadrada legalmente”, garante.

A bastonária considera que está a ser alvo de perseguição por parte do Governo, como também aconteceu esta semana com outras vozes consideradsa incómodas, nomeadamente o presidente da Câmara de Mação, por causa dos incêndios, e o sindicalista da PSP Ernesto Peixoto Rodrigues, que o ministro decidiu aposentar compulsivamente por faltar 83 dias seguidos, alegamente, sem justificação.

“É desonesto da parte do que nós chamamos ‘a polícia do Governo’ vir agora atirar insinuações para cima da Ordem dos Enfermeiros, só porque o Governo não gosta daquilo que a bastonário ou a Ordem diz, mas que vai continuar a dizer. Este é o modo de agir do Governo sobre aqueles que são incómodos e esta semana tivemos mais dois exemplos disso: o presidente da Câmara de Mação e o presidente do Sindicato da PSP”, acusa.

Ana Rita Cavaco afirma que, aos jornalistas e ao Ministério Público, os responsáveis da Ordem estão “sempre disponíveis para mostrar todos os documentos, tudo aquilo que está enquadrado legalmente, que aliás são públicos e estão no relatório de contas”.

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