24 jul, 2019 • André Rodrigues e Paulo Teixeira (sonorização)
O acesso ao crédito pessoal não implica garantia real, como um carro ou uma casa. É por isso que a taxa de juro por um crédito pessoal é mais alta do que a praticada num crédito à habitação.
Como a casa é dada em garantia do cumprimento do contrato, o banco está na disposição de baixar a taxa de juro do contrato. Agora, quando o banco não sabe o destino que vai dar ao dinheiro que pede, maior é o risco. Logo, maior é a taxa de juro.
Depois do despertar dos anos da crise, as regras para concessão de créditos ficaram mais apertadas.
Só que o crédito ao consumo volta a registar um recorde histórico.
Dados revelados esta semana pelo Banco de Portugal indicam que, apesar da redução do número de contratos celebrados, o montante total concedido em crédito ao consumo supera os 671 milhões de euros, são mais 0,3% do que no mesmo período do ano passado. Representa o valor mais elevado, desde 2012, o primeiro ano de que há registos.
Dois quintos deste montante têm origem em crédito pessoal, que é dinheiro que as famílias pedem para custear despesas como férias, eletrodomésticos, mas também educação e saúde.
Curiosamente, o único segmento que não contribui para estes números é o crédito automóvel, um dado que reflete a queda de 3% nas vendas de carros em maio deste ano.