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​Greve dos camionistas. Proposta dos sindicatos é “altamente irresponsável”

24 jul, 2019 - 11:34 • Redação com Lusa

Sindicatos apontam para o cumprimento de 25% de serviços mínimos. ANTRAM diz que é preciso mais. Partes sentam-se à mesma mesa esta quarta-feira.

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A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) exige mais de 50% de serviços mínimos na greve dos motoristas, marcada para 12 de agosto e por tempo indeterminado.

A intenção foi confirmada à Renascença pelo porta-voz da associação que representa as empresas de transportes de mercadorias.

Os motoristas propõem apenas 25% de serviços mínimos, que é o mínimo estabelecido por lei, um número que a associação considera uma irresponsabilidade.

“Achamos altamente irresponsável a proposta dos sindicatos e, portanto, faremos uma proposta que se destina a garantir o direito à greve e também o abastecimento de gás e de combustível”, diz André Almeida.

A planificação dos serviços mínimos será um dos principais assuntos em discussão na reunião agendada para esta quarta-feira entre os sindicatos dos motoristas que entregaram o pré-aviso de greve, na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).

Ouvido pela Renascença, o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias revela desde já pouca abertura para ir além dos 25% de serviços mínimos.

“Nós achamos que 50% é muito. A greve é um direto constitucional, os 25% é o que está descrito na lie. Entendemos que é complicado para a vida dos portugueses, mas nós há 20 anos pelo menos que estamos com várias represálias e é isso que queremos demonstrar”, diz Jorge Cordeiro.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.

Segundo fonte sindical, existem em Portugal cerca de 50.000 motoristas de veículos pesados de mercadorias, 900 dos quais a transportar mercadorias perigosas.

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  • Cidadao
    25 jul, 2019 Lisboa 13:03
    Eis uma das consequência, do desinvestimento e abandono da Ferrovia. Agora querem, mas não têm alternativa à Rodovia. Fosse a Ferrovia uma verdadeira alternativa, a ver se os sindicatos não baixavam a crista ...
  • Petervlg
    24 jul, 2019 Trofa 14:13
    Se não querem trabalhar que deem lugar a outros, que querem.

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