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Presidente da República recusa comentar denúncia de “situação insustentável” nas Forças Armadas

20 jul, 2019 - 09:43

Marcelo diz que não comenta denúncia feita pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro.

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O Presidente de República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou comentar a denúncia feita chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, que, em entrevista à Renascença e ao “Público”, disse que a situação nas Forças Armadas “é insustentável”.

“O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas trata dessa matéria com o Governo, trata em Conselho Superior de Defesa Nacional, trata com as chefias militares, mas não comenta situações concretas, nem políticas e administrativas, em público”, disse o Presidente da República, quando questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Silva Ribeiro.

A recusa em comentar surge horas depois do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, ter falado da denúncia, classificando-a como sendo uma “infelicidade de linguagem”.

“O papel do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas é assegurar que as missões são cumpridas. É evidente que, se ele chegasse à conclusão que não pode cumprir essas missões, então sairia. Mas não é essa a situação. Portanto não há lugar a qualquer tipo de aviso. Não há aqui nada de novo”, disse o ministro na sexta-feira.

Em entrevista à Renascença e ao “Público”, na quinta-feira, o almirante dramatizou a falta de recursos humanos nas Forças Armadas classifico como “insustentável” o facto das Forças Armadas estarem com menos seis mil militares do que deveriam.

Na mesma entrevista, o almirante disse mesmo que as Forças Armadas já tiveram que negar um pedido da Proteção Civil.

“Recentemente a um pedido da Proteção Civil dissemos que não tínhamos mais militares para empregar. A Força Aérea já tem problemas para a disponibilidade de pessoal para a manutenção dos seus meios e para a própria vigilância e segurança das unidades. A Marinha tem navios que não têm lotações completas, o Exército tem regimentos que deviam ter 360 praças e têm 100, 120. Este é o problema mais premente das Forças Armadas. Estamos profundamente empenhados em inverter esta situação”, disse Silva Ribeiro nesta entrevista.

Comentários
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  • Mónica Silva
    21 jul, 2019 Açores 10:43
    O senhor presidente, tem mais é que apoiar o Chefe De Estado Maior general Das Forças Armadas Portuguesas, porque dado um ministro, que ás tantas nem há tropa foi, vem fazer comentários infelizes, sobre as Forças Armadas, porque negar uma evidencia que está há vista de todos, só revela insegurança e falta de responsabilidade para o cargo que ocupa,
  • LUIS MANUEL ARAUJO M
    20 jul, 2019 Arrancada do Vouga 23:29
    Podes ir arrumando as botas para fazer companhia ao Azeredo ou então isto anda pior do que parece.
  • Joao Nobre de Carval
    20 jul, 2019 Parede 17:07
    O Presidente e Comandante Supremo das Forcas Armadas so fala quando lhe convem para obter vantagem politica para ele proprio. Neste caso ele devia ter apoiado as preocupacoes expressas pelo Almirante CEMGFA, afirmandi que o actual Governo e o proximo deviam equacionar e programar a resolucao do problema com a maior brevidade. Era isto que eu esperaria de um Presidente com "P" grande e nao uma abstencao cobarde. Nao eh de Comandante Supremo, nem sequer de Grumete.
  • Cidadao
    20 jul, 2019 Lisboa 11:03
    Isso é estranho, vindo do Comandante Supremo das Forças Armadas, que até no descarrilamento de um elétrico, veio botar faladura.

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