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Câmara dos Representantes condena "tweets" racistas de Trump

17 jul, 2019 - 00:32

Resolução "condena veementemente os comentários racistas do Presidente Donald Trump que legitimaram e aumentaram o medo e o ódio contra novos americanos e pessoas de cor".

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Câmara dos Representantes condena comentários racistas de Trump - José Alberto Lemos, correspondente nos Estados Unidos
Comentário de José Alberto Lemos, correspondente nos Estados Unidos

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A Câmara dos Representantes aprovou esta terça-feira uma resolução a condenar os “tweets” racistas do Presidente norte-americano contra quatro congressistas democratas que se opõem à política anti-imigração de Donald Trump.

A moção simbólica passou com os votos a favor da oposição democrata, de quatro republicanos do partido de Trump e um independente.

É a primeira vez que há memória que os congressistas aprovação uma resolução de condenação do Presidente dos Estados Unidos.

O diploma "condena veementemente os comentários racistas do Presidente Donald Trump que legitimaram e aumentaram o medo e o ódio contra novos americanos e pessoas de cor".

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, defendeu as quatro congressistas visadas por Trump, que as mandou voltar para o país de origem.

"Estes comentários da Casa Branca são vergonhosos, repugnantes e racistas", declarou Nancy Pelosi durante o debate que antecedeu a votação.

O líder dos republicanos na câmara baixa, Kevin McCarthy, criticou a oposição democrata e acusou Nancy Pelosi de fazer declarações que perturbaram "a ordem e decência" do Congresso. "Hoje é o dia sobre o qual os historiadores vão escrever", afirmou.

A polémica começou no fim de semana, quando o Presidente atacou as congressistas democratas Alexandria Ocasio-Cortez, Ayanna Pressley, Ilhan Omar e Rashida Tlaib.

Donald Trump disse às progressistas com nacionalidade norte-americano que, se não gostam das políticas da sua Administração, então, que regressem aos seus países "corruptos e infestados de crimes".

É "muito interessante ver congressistas democratas, progressistas, que originalmente vêm de países cujos governos são uma catástrofe total e completa, os piores, os mais corruptos e ineptos do mundo (se é que funcionaram como governos), dizerem em voz alta e agressivamente para o povo dos Estados Unidos, a nação maior e mais poderosa do mundo, como o nosso governo deve ser gerido", escreveu Trump na rede social Twitter.

As quatro congressistas alvo de ‘tweets’ racistas do Presidente norte-americano deram na segunda-feira uma conferência conjunta de resposta a Donald Trump e pediram à população que não "morda o isco" de Trump.

Alexandria Ocasio-Cortez, Ayanna Pressley, Ilhan Omar e Rashida Tlaib garantem que vão continuar a contestar as políticas anti-imigração de Trump, que as convidou a “voltar para os seus países”.

A congressista Ilhan Omar, uma norte-americana natural da Somália, afirmou que o Presidente dos Estados Unidos defende “a agenda dos nacionalistas brancos”.

Trump continua a alimentar a polémica e, esta terça-feira, disse que os seus comentários não foram racistas e apelou ao Partido Republicano para se unir à sua volta.

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