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Airbus admite falhas nos aviões A330neo da TAP

15 jul, 2019 - 10:00 • Redação

As primeiras queixas públicas surgiram em julho, mas a carta enviada pela Airbus, que admite falhas nos A330 Neo, tem a data de 7 junho.

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O fabricante francês Airbus admite que detetou problemas com o óleo no motor e no sistema de ar condicionado nos novos A330neo comprados pela TAP.

O reconhecimento destes problemas técnicos consta de uma carta, a que o "Jornal de Notícias" teve acesso.

Na origem dos maus cheiros detetados nos aviões estão pequenas gotas de óleo libertadas no arranque do motor e o sistema de ar condicionado. Em relação às náuseas, vómitos e desorientação sentidas pelos passageiros, estas queixas continuam sem reposta do fabricante.

A carta enviada pela Airbus à TAP tem a data de 7 de Junho, três semanas antes de a companhia ter garantido que não havia qualquer risco associado aos novos aviões.

Num comunicado interno enviado aos tripulantes, no dia 11 de julho, a TAP garantiu que efetuou testes a bordo dos novos A330neo e que não tinham sido encontradas a bordo "quaisquer substâncias que possam constituir um perigo para a saúde dos tripulantes e dos passageiros", nem "registo de insuficiência de oxigénio".

No mesmo texto, a TAP deu conta de uma carta da Airbus, em que a empresa dizia estar a acompanhar a situação e rejeitou ligações entre as náuseas e os odores.

No texto enviado pela Airbus lê-se que, durante o voo, a empresa identificou que “o arranque do motor poderia gerar odores na cabina” e explica que numa utilização contínua, superior a 100 segundos, “algumas gotas de óleo poderiam ser libertadas no compressor de alta pressão”, o que provocaria “cheiro a óleo durante a fase de táxi, descolagem e subida”.

A Airbus também comunicou que “durante as primeiras fases de serviço, o sistema de ar condicionado foi identificado como outra fonte de odores”.

A empresa afirma que já adotou medidas mitigadoras do efeito, mas acrescenta que “apesar destas duas origens terem sido solucionadas, os relatórios indicam que os odores ainda estão presentes”.

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  • Maribel Borges Vasconcelos
    12 ago, 2019 Porto Alegre 02:36
    Voei de Lisboa para Porto Alegre em 30/07/2019, durante o voo, mais para o final, senti falta de ar e um cheiro estranho , semelhante a óleo de arroz. A dificuldade para respirar durou alguns minutos. Por um momento fiquei preocupada, mas achei que não tinha motivo para tanto. Entretanto ao desembarcar ouvi outras pessoas relatando o mesmo mal estar e o cheiro, que também foi sentido. Hoje, diante das notícias, não voaria mais nos aviões da TAP. Espero que providências sejam tomadas para evitar males maiores.

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