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Saúde

Cinco dicas para evitar o Alzheimer, mesmo que tenha predisposição genética

15 jul, 2019 - 23:32 • Redação

Estudo sugere que, tal como nas doenças cardíacas, os segredos são uma boa alimentação, exercício e abstinência de álcool e tabaco.

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Não há cura à vista para o Alzheimer – uma doença neurodegenerativa crónica e progressiva, que é também a forma mais comum de demência –, mas há cinco comportamentos chave para o evitar, mesmo que tenha risco genético, relata a NBC News. A conclusão saiu da Conferência Internacional da Associação Internacional de Alzheimer, em Los Angeles, Estados Unidos, e baseia-se fundamentalmente num estudo da Universidade Rush, em Chicago.

Seguir quatro destes cinco conselhos resultou, de acordo com esta investigação, num risco 60% inferior de contrair a doença num prazo de seis anos: não fumar, realizar exercício moderado a vigoroso durante pelo menos duas horas e meia por semana, fazer uma alimentação adequada para o cérebro – que evite, por exemplo, carnes vermelhas, doces e fritos –, beber pouco álcool e participar em atividades cognitivas na terceira idade.

A complementar este estudo, há mais dois que apontam no mesmo sentido. No Reino Unido, chegou-se à conclusão de que um estilo de vida saudável reduz em 32% o risco de Alzheimer em pessoas com predisposição genética; na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os investigadores descobriram que os fumadores tinham o dobro do risco de desenvolver doenças cognitivas, face aos não fumadores e ex-fumadores.

“Isto reforça a noção de que estes fatores relacionados com o estilo de vida podem afetar a trajetória do envelhecimento cognitivo e o desenvolvimento de demência. Aceitamos isso naturalmente em relação a doenças cardíacas, precisamos de adotar uma abordagem semelhante para o envelhecimento cognitivo”, disse à NBC Ronald Petersen, diretor do centro de investigação de Alzheimer da Clínica Mayo.

O estudo levado a cabo na Universidade de Rush acompanhou 608 pessoas que desenvolveram sintomas de Alzheimer nos seis anos que se seguiram ao seu início. Os dados apontam para um risco 37% inferior entre as que seguiram dois ou três conselhos e 60% para os que adotaram quatro ou cinco, face aos que não seguiram nenhuma ou apenas uma das cinco indicações.

O que é uma alimentação saudável para o cérebro?

Há um acrónimo que dá nome a uma dieta que tem sido defendida em vários estudos como a mais eficaz para afastar o Alzheimer. Chama-se MIND, iniciais de Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay, que pode ser traduzida livremente como Intervenção mediterrânica-DASH para o retardamento de doenças neurodegenerativas. DASH é outro acrónimo, que vem de Dietary Approaches to Stop Hypertension, ou abordagens alimentares para travar a hipertensão.

Como os nomes indicam, a dieta MIND é uma fusão entre a dieta mediterrânica e a DASH. Assim, são aconselhados vegetais de folha verde, feijão, azeite, nozes e carne de aves; por outro lado, deve evitar-se carnes vermelhas, doces e fritos.

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