15 jul, 2019 - 12:45 • Rui Viegas
João Rodrigues pede respeito pela "modalidade que mais títulos deu a Portugal", o hóquei em patins.
No dia seguinte ao título mundial ganho em Espanha, frente à Argentina, o capitão da seleção portuguesa de hóquei em patins revela que a equipa tinha a noção da importância de um feito como o que foi alcançado.
"O hóquei está a travessar um bom momento em Portugal e sentíamos que, se conseguíssemos conquistar este título, o hóquei poderia dar um impulso. [Mas] É preciso que o hóquei seja respeitado. É verdade que o hóquei é forte somente em alguns países, mas há muitos outros desportos que também o são e são respeitados nesses países. Temos de valorizar a modalidade, é algo que faz parte do nosso ADN e que vai estar sempre presente no povo português", afirma João Rodrigues, em entrevista a Bola Branca.
Emoção a acordar e uma estátua
Passado um dia, a enormidade do feito começa a ser interiorizada pelos jogadores portugueses. O capitão confessa que, esta segunda-feira de manhã, embora a frio, não conseguiu conter a emoção:
"Foi um acordar que serviu para percebermos que é verdade o que nos está a acontecer, o que conseguimos. Vieram-me as lágrimas aos olhos e isso diz tudo. Ficou espelhado na pista o carácter ou a superação desta equipa. E foi isso que nos levou ao título."
A seleção às ordens de Renato Garrido teve no guarda-redes Ângelo Girão, do Sporting, uma das principais figuras. Se não a maior, no torneio encerrado no Palau Blaugrana, pavilhão do Barcelona, o clube do capitão. Após a final, João Rodrigues atirou que o guardião do Sporting merecia uma estátua. Nesta entrevista a Bola Branca, explica porquê.
"Foi uma peça fundamental. No final do jogo, disse que lhe poderiam erguer uma estátua. E foi ele que nos fez acreditar, pois estávamos muito cansados, devido ao esforço dos jogos anteriores. Este Campeonato do Mundo tem o nome de Girão bem associado", finaliza o atacante do Barcelona.