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Barco-hospital Papa Francisco. Um "milagre" que vai chegar a 700 mil pessoas no Rio Amazonas

11 jul, 2019 - 11:30 • Ecclesia, com redação

O barco-hospital Papa Francisco, inaugurado no último fim-de-semana, foi inspirado por uma conversa do próprio Papa, quando encontrou os frades da Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, no Rio de Janeiro, em 2013.

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Um navio que cuida da saúde e do espírito a quase 700 mil pessoas ao longo do Rio Amazonas, no Estado do Pará, ao norte do Brasil.

O barco-hospital Papa Francisco, inaugurado no último fim-de-semana, foi inspirado por uma conversa do próprio Papa, quando encontrou os frades da Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, no Rio de Janeiro, em 2013. Seis anos depois, a embarcação vai levar médicos e consagrados, de cais em cais, entre as mil comunidades ribeirinhas de 12 municípios.

“Estamos aqui, realmente, diante de um milagre e, se Deus quiser, vamos poder atender muita gente. Aqui poderemos, de facto, colocar a caridade em prática, indo ao encontro daqueles mais necessitados, dos pobre e sem condições e que precisam de um tratamento melhor”, disse o bispo da diocese brasileira se Óbidos, D. Bernardo Bahlmann.

“Muita gente, sobretudo no interior, já não vai mais para a cidade procurar um médico e fica doente em casa. Se as pessoas não vão até o hospital, o hospital vai até eles. E assim nasceu essa ideia, que se tornou um sonho e que surgiu às margens do Rio Amazonas, olhando pra ele”, disse o bispo.

A embarcação tem consultórios, centro cirúrgico, laboratórios, enfermaria e salas especiais, como de vacinação, para além de equipamentos para realizar os exames e os casos mais complexos vão ser encaminhados para os hospitais de base de Óbidos, Juruti e Alenquer.

De acordo com o "Vatican News", o barco-hospital está a preparar-se para fazer expedições de 10 dias e a comitiva, que vai percorrer o trajeto hidroviário, também é composta por elementos da Marinha Mercante, religiosas das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, de São José dos Campos, e já existe uma lista de médicos interessados em ajudar.

Para o padre Vilson Groh, presidente de um instituto que procura sensibilizar o mundo empresarial a compreender a realidade das periferias em Florianópolis, a capital do estado de Santa Catarina, destaca a importância desta iniciativa que na véspera de Sínodo da Amazónia dá o exemplo ao outro extremo do Brasil para “sacudir também o rosto do sul” do país.

“Pensar numa Igreja de rosto Amazónico, é pensar em uma Igreja que vai ter que sacudir o rosto do Sul. Eu tenho uma esperança enorme nessa perspetiva, de que sejamos capazes de ouvir o espírito de um rosto amazónico que vem ao encontro de uma grande conversão nossa do Sul para um novo olhar sobre a dimensão da Igreja”, desenvolveu o sacerdote.

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