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Freiras despejadas de centros de saúde na Eritreia

05 jul, 2019 - 17:46 • Filipe d'Avillez

Depois de ter mandado fechar os centros de saúde, alegadamente em retaliação contra a Igreja Católica, o Governo da Eritreia despejou as freiras que lá trabalhavam, retirando-lhes os pertences.

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As autoridades da Eritreia despejaram várias freiras católicas dos centros de saúde onde trabalhavam e viviam, retirando-lhes os pertences e deixando-as ao abandono.

A denúncia foi feita por organizações que promovem os direitos humanos e que chamam atenção para a perseguição dos cristãos.

Em meados de junho a Eritreia já tinha mandado encerrar mais de 20 clínicas e centros de saúde operados pela Igreja Católica, alegadamente em retaliação contra a Igreja, por esta ter apelado a reformas políticas no país que é conhecido como a Coreia do Norte de África.

Agora, cerca de três semanas depois dos encerramentos, surgem relatos de que as freiras que trabalhavam nas clínicas foram despejadas e o conteúdo das mesmas retirado. Foram publicadas fotografias nas redes sociais de um desses casos, onde se diz que as freiras foram depois deixadas ao relento pelos homens que retiraram os seus pertences.

Segundo fontes contactadas pela organização Christian Solidarity Worldwide não foi feito qualquer inventário do material retirado, nem se sabe para onde foi levado.

A Eritreia tem um dos regimes mais opressivos do mundo e as religiões não escapam a esta repressão. Apenas quatro credos, incluindo a Igreja Católica, são permitidos legalmente no país, mas mesmo estes não escapam à mão pesada do Estado.

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