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PSP apreende uma tonelada de plantas e folhas de canábis

02 jul, 2019 - 19:54 • Redação, com Lusa

Foram detidos três suspeitos de cultivar, colher e comercializar ilicitamente canábis, que colocaram em prática “um sistema complexo e elaborado". Agentes encontraram uma estufa interior com cerca de mil metros quadrados de plantação, num armazém dividido em seis compartimentos.

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A PSP anunciou esta terça-feira a detenção de três pessoas e a apreensão de uma tonelada de plantas e folhas de canábis, numa operação realizada em Matosinhos e na Maia.

No âmbito das buscas, os agentes encontraram uma estufa interior com cerca de mil metros quadrados de plantação, num armazém dividido em seis compartimentos localizado na zona industrial da Maia.

Foram também apreendidos 3.000 euros em dinheiro, um carro, 600 lâmpadas térmicas, 500 balastros elétricos e cerca de 10.000 ventiladores.

Os suspeitos de cultivar, colher e comercializar ilicitamente canábis colocaram em prática “um sistema complexo e elaborado", demonstrando "experiência" na prática deste ilícito, disse o comandante da Divisão de Investigação Criminal da PSP/Porto.

Em conferência de imprensa, o intendente Rui Mendes adiantou que os sistemas associados ao cultivo do canábis, nomeadamente de rega, ventilação e extração, eram de uma "enorme sofisticação", dando como exemplo o sistema de extração, não só ao nível do próprio local, mas da projeção dos próprio gases para que quem morasse à volta não se apercebesse do cheiro.

Além disso, em termos de sistema elétrico, os suspeitos, dois homens e uma mulher, fizeram uma ligação direta e ilícita a um posto de transformação, causando à operadora elétrica um prejuízo de mais de três milhões de euros durante um ano, comentou.

A PSP acredita que os detidos, com idades entre os 35 e 50 anos, de nacionalidade estrangeira e sem grau de parentesco, e que foram detidos em flagrante delito, têm "experiência" na prática deste ilícito criminal.

Sem atividade profissional, Rui Mendes revelou ter pedido cooperação internacional para confirmar a existência ou não de antecedentes criminais.

O comandante acredita ainda que existam "vários níveis" de responsabilidade neste grupo que poderá ser maior.

"Admitimos que haja mais pessoas envolvidas, estando a desenvolver mais diligências, nomeadamente na comercialização da droga", reforçou.

Podendo a investigação vir a envolver mais detidos, o intendente esclareceu ainda que, nesse sentido, poderão igualmente surgir novos crimes.

Contudo, neste momento, está apenas em causa tráfico de estupefacientes, vincou.

A operação de detenção, que envolveu 50 agentes, é das maiores operações da Divisão de Investigação Criminal em matéria de tráfico de droga, revelou Rui Mendes.

Os suspeitos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial na quarta-feira de manhã, no Tribunal da Maia.

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