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"Operação Antídoto". Médicos e farmacêuticos entre 11 detidos por fraude milionária no SNS

02 jul, 2019 - 10:02

O esquema suspeito prende-se com a passagem de receitas de medicamentos caros, comparticipados a 100% pelo Estado, que eram entregues nas farmácias. Estas reaviam o dinheiro dos medicamentos que eram, de seguida, revendidos para outros países, nomeadamente nórdicos e de África.

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A Polícia Judiciária (PJ) tem em curso, esta terça-feira, uma operação de combate à fraude no Serviço Nacional de Saúde (SNS), designada por "Operação antídoto", que levou à detenção de 11 pessoas, entre as quais cinco médicos e um proprietário de farmácia.

Em comunicado, a PJ revela que a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) tem em curso, em vários pontos do país, "buscas em consultórios médicos, estabelecimentos de saúde, domiciliárias, não domiciliárias", no âmbito de uma megaoperação relacionada com um esquema de corrupção que terá lesado o SNS em cerca de um milhão de euros.

De acordo com a nota da PJ, poderão estar em causa crimes de corrupção, burla qualificada, falsificação de focumento e associação criminosa.

O esquema suspeito prende-se com a passagem de receitas de medicamentos caros, comparticipados a 100% pelo Estado, que eram entregues nas farmácias. Estas reaviam o dinheiro dos medicamentos que eram, de seguida, revendidos para outros países, nomeadamente nórdicos e de África.

A nota da PJ sublinha que o Estado português era lesado "por ter atribuído comparticipação de medicamentos de forma enganosa".

A operação em curso envolve 110 elementos da PJ e decorre "em estreita colaboração com o Ministério da Saúde" e com "vários elementos dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e do INFARMED".

"O presente inquérito está a correr os seus termos no DIAP de Sintra", lê-se, ainda, no comunicado da PJ, que remata. "A investigação prossegue para determinação de todas as condutas criminosas, seu alcance e apuramento do valor total da fraude ao Serviço Nacional de Saúde."

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  • Mário Vitorino Gaspar
    02 jul, 2019 Lisboa 22:23
    Como noutras áreas, também na Saúde vão surgindo uns artistas que pretendem enriquecer rapidamente. O problema maior é não existir Legislação que responda a estas e outras fraudes. Violadores, principalmente de crianças, não podem andar à solta. Estes que lesam o Estado - colocam a Saúde dos Portugueses em muitos maus lençóis. Cuidado com as Receitas que bem podem ser cheques em branco. Já denunciei situações que colocam os dinheiros públicos nas mãos de ladrões. Sempre me pareceu não existir vontade em puxar o cordel., ficando com a certeza que existem cúmplices no interior do Aparelho de Estado.
  • maria
    02 jul, 2019 Setúbal 11:23
    prisão com eles, já chega, tanta gente a roubar mer , depois queixam -se k o sns não presta , quem não presta são os médicos só querem dinheiro tds dentro e suspensos do trabalho sem ordenado estao uns a trabalhar para outros ladrões

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