Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

JMJ 2022. Cardeal patriarca diz que tema convoca os jovens à ação

22 jun, 2019 - 12:34 • Aura Miguel com Ecclesia

Sejam “mais atores” e menos “espectadores”, resume D. Manuel Clemente, apontando a preparação sem precedentes das Jornadas que vão acontecer em Lisboa.

A+ / A-
D. Manuel Clemente sobre JMJ 2022. Sejam "mais atores" e menos "espectadores"
D. Manuel Clemente sobre JMJ 2022. Sejam "mais atores" e menos "espectadores"

O cardeal patriarca de Lisboa reagiu este sábado ao tema que o Papa Francisco definiu para as Jornadas Mundiais da Juventude de 2022, que convoca mais à ação do que a uma atitude de observação.

“É muito inspirador, porque é muito oportuno. Às vezes nós, que frequentamos os espaços religiosos, e os nossos jovens concretamente, adolescentes de hoje, jovens de amanhã, ficamos muito como espectadores, mas o Evangelho não é apenas para ver, é sobretudo para cumprir”, referiu D. Manuel Clemente à Renascença.

"Maria levantou-se e partiu apressadamente" é o tema que o Papa Francisco elegeu para as JMJ que Lisboa vai acolher em 2022, uma escolha que foca a “prontidão de Maria”, ao ajudar a sua prima Isabel.

"Portanto, este 'Levanta-te', este impulso é muito importante e São Lucas insiste muito nisto ao longo do seu Evangelho: quando Jesus Cristo propõe é para corresponder logo, não é adiar", sublinha o cardeal nas declarações à Renascença.

D. Manuel Clemente recordou ainda o encontro que teve com o Papa depois da convocação da Jornada Mundial da Juventude para Lisboa, durante o qual perguntou: "O que é que o Santo Padre quer mais precisamente para a jornada de Lisboa?".

"E ele soletrando, devagarinho, disse: 'E-van-ge-li-za-ção'", conta.

Este sábado de manhã, no Vaticano, foram também conhecidos os temas das jornadas de 2020 e 2021 com organização em cada Igreja diocesana: “Jovem, eu te ordeno: Levanta-te” (ou “Jovem, eu digo-te, levanta-te!”, LC7, 14) e “Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!”, respetivamente.

“A palavra de ordem para qualquer dos anos é sempre o ‘Levanta-te’. É muito importante passarmos de meros espectadores envolvidos diretamente na aventura evangélica. E os jovens estão particularmente disponíveis para isso”, assinala o cardeal-patriarca impulsionando para que as “realidade juvenis católicas ganhem mais sentido de missão”, afirma o cardeal patriarca à agência ecclesia.

D. Manuel Clemente analisa o tema eleito numa ligação à JMJ do Panamá, em janeiro deste ano, centrada na anunciação e na “disponibilidade” de Maria: ‘Eis a serva do Senhor; Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra’.

“Agora o Papa marca para Lisboa o episódio seguinte, quando Maria se levanta, apressadamente, ao encontro de Isabel para estar com ela quando precisava de ajuda”, recorda o cardeal-patriarca.

O Patriarcado de Lisboa encerra o ano pastoral com o tema da Liturgia e prepara-se para em 2019-2020 se centrar na caridade, algo que o responsável assinala como “feliz coincidência”.

“Estamos em Lisboa a aplicar o que decidimos no Sínodo de 2016: a palavra, este ano sobre a Liturgia e oração, e no próximo ano sobre a caridade. E a caridade é isso mesmo, a prontidão para irmos ao encontro do outro”, lembra D. Manuel Clemente.

O Papa Francisco, ao anunciar o tema, estabeleceu a sintonia que o itinerário da JMJ de Lisboa e do caminho que se segue ao Sínodo de 2018, dedicado às novas gerações, devem ter.

Para D. Manuel Clemente “vai tudo no mesmo sentido: o da mobilização”.

“Segue, em termos latos, o atual pontificado, da sua proposta de conversão missionária da Igreja. A Igreja não existe para si, existe para Deus e Deus espera-nos nos outros. É este arco completo, ativo, este levantamento de almas e vidas que se propõe com todos estes itens”, assinala.

“Nas coisas de Deus tudo coincide”, concluiu.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+