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Líderes europeus falham acordo para a liderança da Europa

21 jun, 2019 - 07:00 • Lusa

Além da presidência do Parlamento Europeu, estão em jogo as presidências da Comissão Europeia, do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e ainda o cargo de Alto Representante para a Política Externa.

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Os líderes da União Europeia (UE), reunidos durante horas em Bruxelas, não chegaram a “nenhuma maioria” sobre “qualquer candidato” à presidência da Comissão Europeia.

“O Conselho Europeu teve uma longa discussão sobre as nomeações, tendo em conta as conversações que tive e as declarações feitas no Parlamento Europeu, [mas] não houve maioria relativamente a qualquer candidato”, informou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Fontes diplomáticas indicaram que o presidente do Conselho Europeu apresentou aos 28 Estados-membros os nomes dos três "spitzenkandidaten" (candidatos principais para a Comissão Europeia) das três maiores famílias políticas - Manfred Weber (Partido Popular Europeu), Frans Timmermans (Socialistas Europeus) e Margrethe Vestager (Liberais) -, mas sem surpresa nenhum reuniu uma maioria de apoio.

Falando em conferência de imprensa, após uma reunião que começou ao início da tarde e se que prolongou durante várias horas, o presidente do Conselho Europeu notou que os líderes comunitários concordaram, antes, que os candidatos ao executivo comunitário devem “refletir a diversidade da UE”.

Por essa razão, foi convocada uma nova reunião para dia 30 de junho, justificou. “Até lá, vou continuar com as minhas consultas, incluindo com o Parlamento Europeu”, referiu Donald Tusk.

Em respostas a perguntas dos jornalistas, o responsável vincou que “ainda é muito cedo para apontar nomes”, mas rejeitou que o seu nome esteja a ser equacionado para a presidência da Comissão Europeia.

Também presente na ocasião, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, admitiu esperar que as nomeações “não sejam fáceis”.

“Mas é um trabalho que tem de ser feito”, observou.

Já falando sobre o processo de "spitzenkandidat", Jean-Claude Juncker admitiu que a escolha entre os candidatos principais ainda “não é garantida, é uma possibilidade”.

A discussão entre os chefes de Estado e de Governo dos 28 sobre os nomes a designar para a liderança das instituições europeias para os próximos cinco anos teve início no jantar de trabalho, cerca das 21h30 locais (20h30 portuguesas), prolongando-se por quatro horas, mas não foi alcançado um compromisso, pelo que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, agendou nova cimeira para 30 de junho às 18:00 locais.

O objetivo declarado do Conselho Europeu é chegar a um acordo antes da sessão inaugural do ‘novo’ Parlamento Europeu resultante das eleições de maio, que terá lugar em Estrasburgo de 2 a 4 de julho, pois a assembleia deverá eleger o seu novo presidente, e este é um dos "altos cargos" que é suposto ser negociado ‘em pacote’, de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género) na distribuição dos postos.

Além da presidência do Parlamento Europeu, estão em jogo as presidências da Comissão Europeia - o cargo mais cobiçado -, do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e ainda o cargo de Alto Representante para a Política Externa.

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