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Companhias internacionais de aviação deixam de sobrevoar o Golfo Pérsico

21 jun, 2019 - 12:00 • Lusa

Além das companhias dos Estados Unidos, a holandesa KLM, a alemã Lufthansa, a britânica British Airways, a australiana Qantas, e a Etihad de Abu Dabi foram as companhias que, até ao momento, tomaram a mesma decisão.

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Os Estados Unidos interditaram, esta sexta-feira, os voos das companhias aéreas norte-americanas na zona onde o Irão abateu um aparelho não tripulado (drone), uma decisão que foi também anunciada de seguida por várias companhias aéreas internacionais.

Além das companhias dos Estados Unidos, a holandesa KLM, a alemã Lufthansa, a britânica British Airways, a australiana Qantas, e a Etihad de Abu Dabi foram as companhias que, até ao momento, tomaram a mesma decisão.

De acordo com a Administração Aeronáutica Federal dos Estados Unidos o espaço aéreo do Irão assim como a zona entre o Golfo Pérsico e o Estreito de Ormuz ficam interditadas às ligações norte-americanas, “até nova ordem”.

A restrição é justificada pelo organismo que se refere ao “aumento das atividades militares e da tensão política na região", que representa um risco para as operações da aviação civil norte-americana.

Fonte da Administração da Aviação Civil dos Estados Unidos acrescenta que se pode vir a verificar um erro de “identificação” dos aviões civis na região, referindo-se diretamente ao abate do aparelho militar não tripulado pelo Irão.

Teerão diz ter recolhido os destroços que provam que o drone é norte-americano, mas o presidente dos Estados Unidos qualificou de “grande erro” o derrube do aparelho.

A Casa Branca escusou-se a fazer mais comentários sobre o incidente.

Depois do anúncio da instituição que regula a aviação civil norte-americana, a KLM anunciou que os voos da companhia holandesa vão evitar sobrevoar o Estreito de Ormuz “por motivos de segurança”: na sequência do derrube do avião não tripulado.

Um especialista aeronáutico holandês, Joris Melkert, disse à estação de televisão NOS que “se outras companhias seguirem as medidas da KLM” vão sentir-se consequência nas ligações entre a Europa e a Ásia porque vai ser preciso escolher uma “rota diferente que vai tornar o trajeto mais longo” obrigando os aparelhos a usarem mais combustível.

Nas últimas horas outras companhias internacionais anunciaram também que vão evitar a rota sobre a zona de Ormuz.

A companhia alemã Lufthansa disse que vai suprimir os voos com rota sobre Ormuz e Golfo Pérsico, mas que vai manter as ligações com a capital do Irão.

A empresa Etihad, de Abu Dabi informou que depois do incidente vai aplicar um “plano de contingência” que prevê evitar o espaço aéreo iraniano no Golfo Pérsico e Ormuz.

A australiana Qantas anunciou também que vai definir novas rotas para não sobrevoar a mesma zona assim como a British Airways que vai tomar as mesmas medidas.

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