Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Reportagem

​Milhares em procissão nas ruas de Lisboa. “Temos de ter orgulho de testemunhar que Santo António é nosso"

13 jun, 2019 - 23:07 • José Carlos Silva, com redação

Com a relíquia de Santo António na mão e junto ao peito, o bispo auxiliar de Lisboa lembrou o exemplo de simplicidade de Santo António e dos franciscanos.

A+ / A-

Veja também:


A imagem e uma relíquia de Santo António voltaram esta quinta-feira à tarde a dar uma volta por Alfama, em Lisboa, na procissão dedicada ao santo.

Foram milhares os que saíram à rua, misturados com os turistas, numa manifestação de fé e festa. A imagem de Santo António percorreu cerca de dois quilómetros na caixa aberta de uma viatura todo o terreno.

A imagem foi brindada com flores, enquanto alguns metros atrás seguiam as autoridades civis, entre elas Fernando Medina, o presidente da Câmara de Lisboa.

“Hoje é claramente o símbolo de Lisboa. Embora o padroeiro seja São Vicente, verdadeiramente, Santo António é o ícone da cidade de Lisboa e vamos ver hoje dezenas e dezenas de milhares de pessoas pelas ruas da cidade”, disse o autarca.

Não foi fácil para a Polícia Municipal manter a caixa de segurança, com os fiéis a tentarem romper o cordão para chegar o mais perto possível de Santo António. Afinal de contas, esta é uma procissão especial.

Com a relíquia de Santo António na mão e junto ao peito, seguiu D. Américo Aguiar, o bispo auxiliar de Lisboa, que na chegada junto à Sé de Lisboa lembrou o exemplo de Santo António e dos franciscanos.

“Que também nós sejamos tocados por esse testemunho sempre, na simplicidade da nossa vida. Não temos de ter tudo para nós, à custa de menos para os outros. Deus providencia e providenciou tudo para todos, o problema é que alguns acham que é tudo para eles e mais nada para os outros. O nosso papel é sermos capazes de cativar no coração de todos para termos consciência disso mesmo.”

O bispo auxiliar de Lisboa deixou outro recado: Santo António é português, mas também temos de fazer por isso.

“Podemos ir a qualquer ponto do mundo, ao país mais estranho, que vamos encontrar uma imagem, uma capela ou um oratório dedicado a Santo António de Lisboa. Mas nós temos de fazer por isso. Ficamos chateados dizem Santo António de Pádua, mas nós temos de fazer por isso, todos nós, a cidade. Temos de ter orgulho de testemunhar que o António é nosso, não é só que a taça é nossa, é que o António é nosso”, afirmou D. Américo Aguiar, que se estreou na procissão de Santo António em Lisboa.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+