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Sócrates diz-se vítima de "velhaca maledicência" e nega interferência no BCP

11 jun, 2019 - 21:15 • Lusa

Antigo primeiro-ministro responde a Filipe Pinhal, garantindo que "nunca" conversou ou orientou o empresário Joe Berardo em qualquer investimento.

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O antigo primeiro-ministro José Sócrates acusa o ex-administrador do BCP Filipe Pinhal de ter deixado no parlamento sugestões de "pura e velhaca maledicência", contrapondo que "nunca" conversou ou orientou o empresário Joe Berardo em qualquer investimento.

"Nunca discuti, conversei ou orientei o senhor José Berardo em qualquer investimento. Nunca tive sequer conhecimento, fosse por quem fosse, da sua intenção de reforçar a sua posição acionista no Banco Comercial Português", escreve José Sócrates numa nota enviada à agência Lusa.

Esta terça-feira, durante uma audição na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o ex-administrador do BCP Filipe Pinhal sugeriu que o antigo primeiro-ministro José Sócrates terá influenciado o empresário José Berardo para reforçar a sua posição no banco, com recurso a financiamento da CGD.

Na nota de resposta, José Sócrates rejeita ter alguma vez procurado influenciar decisões dos acionistas desse banco.

"Nunca interferi, nem influenciei nenhuma decisão dos acionistas do banco relativas à escolha da sua administração. As despudoradas 'sugestões' feitas a esse propósito não passam de pura e velhaca maledicência", sustenta José Sócrates, numa crítica a Filipe Pinhal.

Entre outras ideias que transmitiu na comissão de inquérito, Filipe Pinhal disse presumir que a alegada influência de José Sócrates sobre Berardo estaria relacionada com a "guarda da coleção [de arte, no Centro Cultural de Belém] com despesas pagas pelo Estado".

Comentários
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  • ze
    12 jun, 2019 aldeia 08:33
    Cadeia com eles todos!..............................A corrupção instalou-se nesta républica das bananas..............
  • João Lopes
    11 jun, 2019 21:58
    Agostinho de Hipona (354-430): «Um Estado que não se regesse segundo a justiça, reduzir-se-ia a um grande bando de ladrões». Temos que confiar na Justiça Portuguesa…

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