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Agustina está no panteão do coração dos portugueses, diz Marcelo

04 jun, 2019 - 18:49

Cerimónias fúnebres realizaram-se esta terça-feira. Líder do CDS assegura que o seu partido será o primeiro a apoiar a trasladação para o Panteão Nacional da escritora.

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Marcelo Rebelo de Sousa diz que Agustina Bessa-Luís já está “no panteão do coração dos portugueses”, mas evitou dizer se apoia pessoalmente que a escritora seja trasladada para o Panteão Nacional.

Falando com os jornalistas à porta da Sé do Porto, Marcelo não se conteve nos elogios. "No campo literário, ela fez tudo. Fez romance excecional, fez biografia, fez teatro, fez crónica, fez tudo. Aquilo que fica em termos de génio é ter sabido retratar, por dentro essa mudança de Portugal, que não era apenas falar de como as pessoas eram, era falar de como a natureza humana é sempre", disse.

Convidado a dizer se deseja ver Agustina Bessa-Luís no Panteão Nacional, Marcelo Rebelo de Sousa disse que esta é "uma decisão que depende da família, dos deputados" e perguntou: "Como é que Agustina gostaria que fosse?".

"Neste momento estamos a prestar-lhe homenagem, e ela está no Panteão do coração de todos os portugueses", afirmou.

O mundo de Agustina
O mundo de Agustina

Na mesma celebração a presidente do CDS, Assunção Cristas, assegurou que o seu partido será o primeiro a apoiar a trasladação para o Panteão Nacional da escritora, que segunda-feira morreu no Porto, se a situação se colocar.

Assunção Cristas concordou com a declaração do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa de que a escritora "já está no panteão do coração de todos os portugueses" e mostrou-se disponível para validar uma futura trasladação.

“Certamente que sim. Da parte do CDS, seremos os primeiros a apoiar e a suscitar essa questão, afirmou a líder centrista.

Sobre a vida e obra da escritora, Assunção Cristas afirmou que "o mais que podemos dizer é que estamos profundamente gratos por aquilo que foi, pelo que nos deixou como obra e sabemos que ela não morre e continuará por gerações e gerações em todos aqueles que a leem e apreciam”.

Convidada a refletir sobre o desafio deixado pela escritora na sua obra de cada um ser capaz de se olhar ao espelho e fazer autocrítica, a líder centrista respondeu tratar-se de uma obra que todos podem e devem “revisitar porque é de uma extraordinária profundidade”.

“É de um conhecimento rigoroso e muito profundo daquilo que é a natureza humana e tem sempre um apelo permanente a afundarmo-nos em nós próprios, em olharmo-nos ao espelho e fazermos uma autocrítica e em crescermos todos”, disse.

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