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Manutenção ferroviária. “O know-how mantém-se na empresa”, garante IP

05 jun, 2019 - 11:15 • Redação

Infraestruturas de Portugal esclarece à Renascença a notícia publicada nesta quarta-feira sobre a alegada extinção de quatro centros de manutenção ferroviária.

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Os centros de manutenção ferroviária não vão ser encerrados, mas reorganizados, afirma a Infraestruturas de Portugal.

“A estratégia que tem vindo a ser seguida de há uns anos a esta parte passa pela segregação das atividades de inspeção, diagnóstico e fiscalização – integralmente asseguradas por meios internos, dotados de conhecimento e know-how específico – da atividade de execução, assegurada por prestadores de serviço, através de contratos plurianuais”, explica o organismo estatal em resposta a um pedido de esclarecimento da Renascença.

O pedido surgiu na sequência de uma notícia avançada nesta quarta-feira pelo jornal “Público”, segundo a qual a Infraestruturas de Portugal vai extinguir quatro centros de manutenção ferroviária (Esmoriz, Nine, Régua e Alfarelos) e recorrer a privados, integrando os seus 33 especialistas em segurança ferroviária noutros setores.

Em reação a esta notícia, a comissão de trabalhadores mostra-se preocupada e defende que “o ‘outsourcing’ vai enfraquecer a qualidade do trabalho”.

Fernando Semblano, porta-voz da comissão de trabalhadores, reforça à Renascença que funções desta natureza não podem ser entregues ao setor privado.

Mas na resposta enviada, a Infraestruturas de Portugal garante que “o know-how se mantém na empresa”.

“Não só os trabalhadores se mantêm a trabalhar na manutenção ferroviária, como são reforçadas as atividades mais qualificadas de inspeção, diagnóstico e fiscalização”, acrescenta.

“Para assegurar a manutenção do know-how a empresa manterá uma ainda equipa escola de execução nas áreas de manutenção de via, exatamente para garantir que quem inspeciona e fiscaliza também tem conhecimentos de execução. Assim, há um reforço da capacidade de intervenção da empresa em matéria de segurança ferroviária”, reforça.

Quanto à extinção dos referidos centros de manutenção ferroviária – Alfarelos, Régua, Nine e Esmoriz – o organismo responsável afirma que não irá acontecer, “tanto mais que dispõem de atividades de sinalização e catenária, além de manterem as atividades de inspeção, diagnóstico e fiscalização em todas as especialidades ferroviárias”.

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