Tempo
|
A+ / A-

São João. Crianças com cancro deixam contentores mas pais continuam "vigilantes"

31 mai, 2019 - 07:25 • Lusa com Redação

Desde 2011, que as crianças internadas naquele hospital no serviço de oncologia pediátrica estão alojadas em contentores.

A+ / A-

A partir desta sexta-feira, as crianças com doença oncológica em tratamento no Hospital de São João, no Porto, passam para o edifício principal da unidade, deixando de estar em contentores.

O anúncio foi feito pela ministra da Saúde na quinta-feira, durante um debate no parlamento, depois de questionada pelo PSD e pelo CDS sobre a situação da ala pediátrica neste hospital.

"Amanhã [sexta-feira], segundo o presidente do conselho de administração, os meninos que recebem tratamentos na oncologia pediátrica passarão para o edifício principal do hospital", afirmou Marta Temido, salientando que cumpriu "tudo aquilo" que anunciou.

A ministra tinha assumido já no parlamento que até junho as crianças com doenças oncológicas da ala pediátrica do São João deixariam as instalações em contentores onde se encontram.

Os pais das crianças falam de uma "boa notícia", mas receiam que a transferência possa atrasar ou cancelar a construção de uma nova ala pediátrica. “A obra tem condições para arrancar relativamente rápido – já está aprovada pela Assembleia da República. Mas temos algumas dúvidas, porque ao passarem estas crianças lá para dentro… o nosso receio é que depois digam que já não é preciso fazer a ala pediátrica e encaixarem as outras noutros hospitais”, explicou à Renascença Jorge Pires, presidente da associação de pais de oncologia pediátrica do SÃO João.

“Vamos estar muito ativos e vigilantes neste processo. Nós temos a obrigação moral de continuar com esta luta até a ala estar construída”, garantiu.

Desde 2011, que as crianças internadas naquele hospital no serviço de oncologia pediátrica estão alojadas em contentores.

Existe há dez anos um projeto para construir uma nova ala pediátrica. Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde aprovou a construção da ala pediátrica, com um investimento de aproximadamente 20 milhões de euros.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Petervlg
    31 mai, 2019 Trofa 09:30
    É vergonhoso, sabem que o estado já injetou na banca nacional desde 2007 até agora

Destaques V+